No novo mundo, nos será exigido entender que o propósito da nossa existência no planeta Terra é desenvolver o nosso espírito por meio de experiências no mundo material.
Existem dois caminhos para compreendermos essa exigência, por meio do sofrimento ou da conscientização.
Portanto, aquele que escolhe percorrer o caminho da conscientização evitará para si muito sofrimento em todos os aspectos da vida.
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O objetivo deste artigo é construir a base correta para a maternidade e a paternidade conscientes.
Para essa finalidade, precisamos primeiramente nos livrar da crença errada de que a maternidade e a paternidade são algo inteiramente “natural”. Embora o componente biológico da maternidade e da paternidade seja natural, o tornar-se pai ou mãe, que também é ser um guia, um professor e um mentor, exige autoconsciência e muita prática.
Essa conscientização pode evitar erros, o que têm o poder de mudar nossas vidas quando somos pais de crianças pequenas. No entanto, caso nossos filhos já tenham crescido, ela também nos concede as ferramentas que auxiliam a reparar e sanar os erros maternais e paternais que cometemos em razão de ignorância.
Além disso, essa conscientização pode auxiliar-nos a corrigir os erros cometidos pelos nossos pais e, assim, não apenas corrigir e curar as nossas próprias vidas, mas também eliminar os padrões comportamentais errados que foram transmitidos de geração em geração.
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Iniciemos com os Dez Mandamentos da Maternidade e da Paternidade Conscientes:
O primeiro mandamento: Nossos filhos não são nossos.
Em seu poema “Sobre as Crianças” o poeta libanês Khalil Gibran escreveu:
“Teus filhos não são teus filhos.
São filhos e filhas da Vida que anseia por si mesma:
Eles vêm através de ti mas não de ti,
E embora estejam contigo, não te pertencem.
Podes dar-lhes teu amor mas não os teus pensamentos,
Pois eles têm os seus próprios pensamentos..
Podes abrigar os seus corpos mas não as suas almas…”
Portanto, o propósito de trazer uma criança para este mundo é dar a uma alma independente a oportunidade de crescer e se desenvolver através de nós. Mas ela nunca nos pertencerá.
De forma prática, este mandamento exige que deixemos o nosso entendimento tradicional, de maternidade e paternidade como um estado de apropriação e controle, pois nisso não se respeita a criança como ser humano independente, com seu próprio destino, sua própria sina.
Precisamos lembrar que nossas crianças não são nossas “miniaturas”.
Escritos hebraicos antigos nos indicam que “uma pessoa só pode aprender se estiver na posição desejada por seu coração”, e sugere que “treinemos o jovem do modo como ele quer ser”. No entanto, muito do sistema educativo contemporâneo, em casa e na escola, não está adaptado aos desejos e caminhos únicos da criança, mas, em vez disso, está adaptado aos desejos do ego dos pais e dos professores.
Ou seja, muitos pais buscam que seus filhos obtenham sucesso onde eles falharam ou esperam que seus filhos se sobressaiam em áreas em que eles, os pais, eram meramente aptos.
Portanto, precisamos reconhecer corajosamente as nossas fraquezas, deficiências e desejos não realizados, para que não usemos as nossas crianças para complementar essas lacunas, devido à nossa falta de conscientização.
Podemos dizer que esse mandamento, de forma prática nos pede que, como pais, purifiquemos nossos próprios egos e, primeiramente, eduquemos a nós mesmos para sermos aquilo que devemos ser.
O segundo mandamento: Não foi por erro que nós nascemos de nossos pais.
Esse mandamento nos ensina que não foi por erro que nós nascemos dos nossos pais, e que os nossos filhos não vieram a nós por acaso.
Quando consideramos a reencarnação, devemos entender que não há acaso. Além disso, a reencarnação acontece de acordo com as Leis da Criação:
A Lei de Atração entre Espécies Homogêneas e a Lei da Reciprocidade (também conhecida como a Lei de Causa e Efeito ou a Lei do Carma).
Em outras palavras, o motivo de nós nascermos no seio de uma família específica pode derivar do fato de possuirmos características similares (positivas ou negativas) ou acontece devido a problemas ou circunstâncias mútuas, de uma prévia encarnação, e que precisam se desenvolver e ser resolvidos.
Portanto, é importante que paremos de culpar nossos pais e, em vez disso, desvendemos a lição com aquilo que aqui viemos aprender junto com eles, pois uma vez essa lição tenha sido desvendada, nós estaremos livres para continuar o nosso caminho.
Se você deseja descobrir a razão de ter escolhido o “seu laboratório familial”, seja bem-vindo ao exercício a seguir:
Tome uma folha de papel e divida-a em três colunas.
Na primeira coluna, escreva os seus pontos fortes e fracos. Na segunda coluna, escreva os pontos fracos e fortes da sua mãe e na terceira coluna, os do seu pai. (Caso você tenha criado filhos, você pode adicionar os pontos fracos e fortes de cada um deles também.)
Depois de completar as listas, compare-as para encontrar aquilo em que você precisa trabalhar e corrigir, e quais são os talentos que você trouxe para desenvolver aqui.
Este mandamento é também muito importante para um casal que queira e esteja planejando trazer uma criança a este mundo.
Segundo as Leis da Criação, os pais podem transmitir apenas características genéticas do corpo físico, enquanto a alma, que entra no corpo físico, é totalmente independente.
No entanto, um casal que alcance a frequência vibracional alta do puro amor, da conexão espiritual e da harmonia, pode atrair uma alma elevada. Por outro lado, o envolvimento em ato sexual sem consideração das consequências, pode resultar no efeito oposto, ou seja, na atração de almas problemáticas para a família.
O terceiro mandamento: conexão produz mudança e cura.
Antes de alcançar a maturidade sexual, que é a idade em que a alma se externa desde seu receptáculo para iniciar sua jornada independente, as crianças necessitam absolutamente de limites.
Não se deve dizer a uma criança, “coma o que quiser na hora que quiser”, pois então ela comerá batatas fritas e doces o dia todo. Também não se deve dizer a uma criança, “durma a qualquer hora, quando você desejar”, pois então ela ficará acordada a noite toda, grudada em uma tela, e dormirá no sofá.
As crianças também necessitam de orientação e redirecionamento quando se comportam mal.
No entanto, o erro que muitos pais cometem ao estabelecer limites, dar orientações ou fazer o redirecionamento, é que o fazem para corrigir rapidamente o erro da criança.
Para isso, eles se desconectam emocionalmente da criança, dão ordens aos gritos e, de fato, sinalizam para ela que se ela quer o amor deles, ela deve obedecer imediatamente. Em outras palavras, o argumento que elas recebem é: “Corrija o seu comportamento, e só então você restabelecerá a conexão conosco”.
Frequentemente, esse processo acontece inconscientemente, mas para uma criança pequena que precisa do amor de seus pais como do oxigênio, isso provoca efeitos que perdurarão toda a vida. Ela pode se tornar uma “pessoa que quer agradar a todos o tempo todo” só para receber amor, mesmo que, intimamente, ela não tenha certeza de estar fazendo a coisa certa.
Manter essa conexão íntima com nossos filhos, mesmo quando eles se comportam mal ou nos desafiam, é também muito importante durante a adolescência.
Nessa idade, a alma se expressa, indo de encontro à própria jornada e, portanto, é muito provável que os pais manipulem seus filhos adolescentes na tentativa de redirecioná-los e de corrigir seu comportamento, por meio da desconexão com eles. Mas, seus adolescentes não os atenderão nem obedecerão, como uma criança faria, e sim se rebelarão ainda mais contra eles, e intensificarão o mal comportamento.
Por isso, devemos sempre lembrar que a conexão é o que viabiliza a mudança e redirecionamento, enquanto exigir uma mudança como condição de conexão não trará benções e nem os resultados desejados.
O quarto Mandamento: Até a adolescência, o dever principal dos pais é proteger o bem-estar emocional e físico da criança.
O primeiro mandamento para a maternidade e paternidade conscientes já nos mostrou que não podemos pensar sobre nossos filhos como pessoas que devem satisfazer as expectativas do nosso ego.
A criança não é um brinquedo, nem um bem cuja beleza os pais podem exibir por aí, se vangloriando de suas conquistas.
Essa atitude errada e prejudicial leva muitos pais a pressionarem seus filhos pequenos a que realizem façanhas intelectuais. Entretanto, as Leis da Criação exigem apenas que os pais protejam o bem-estar físico e emocional da criança, que sirvam como uma base saudável de acolhimento para o espírito independente da criança, viabilizando o desenvolvimento e desabrochar deles, desde seu invólucro protetor, durante o período da adolescência.
Uma base saudável de acolhimento é o lar onde existe harmonia entre os pais e entre todos os membros da família, alimento saudável, atividade física, e bastante tempo usufruído na natureza, em conexão com animais, além de atividades artísticas criativas.
Lembre-se de que as Leis da Criação são ao mesmo tempo as leis naturais, e que “tudo tem o seu tempo determinado, e todo propósito debaixo do céu tem o seu tempo”. (Eclesiastes 3:1) Assim como é errado colher frutas e comê-las antes que estejam maduras, também é proibido apressar o processo natural de desenvolvimento da criança.
O quinto mandamento: Assim como nós desejamos ver nossos filhos felizes, também os nossos filhos desejam nos ver felizes.
Ser uma pessoa feliz é muito mais do que meramente sobreviver e trabalhar. Portanto, assim como nós sofremos ao vermos nossos filhos apenas sobrevivendo e trabalhando, mas infelizes, eles também sofrem quando nos veem somente sobrevivendo e trabalhando, porém infelizes.
Pais que acreditam que sacrificar sua própria vida, por seus filhos, os torna bons pais, estão enganados, pois seu direcionamento baseado nessa crença errada faz deles vítimas. Essa crença será também retransmitida para os filhos deles, que também se tornarão adultos que sacrificarão suas vidas pelos filhos deles, fazendo deles também vítimas.
Por outro lado, se os pais atuam com base na convicção de que “bons pais são os pais felizes”, eles transmitirão aos filhos a conexão entre o ser bom e o estar realizado e feliz. Essa conexão será o modelo de comportamento que eles transmitirão para os filhos deles, que finalmente também se tornarão esse tipo de pais.
Erich Fromm explica isso em seu livro A Arte de Amar fazendo a distinção entre a maioria das mães que podem fornecer leite para seus bebês, simbolizando as necessidades básicas, e as mães que podem fornecer mel, simbolizando uma vida doce.
No entanto, o mel, apenas as mães que intimamente são mulheres felizes podem fornecer e, portanto, a influência delas na felicidade de seus filhos não ficará limitada à infância deles, mas continuará durante toda a vida de seus filhos.
Portanto, se estamos infelizes com nossas próprias vidas, sobrecarregaremos nossos filhos com pesadas “dívidas” pelas quais eles terão que “pagar” caro durante a vida toda, na forma de grande sofrimento pessoal, a menos que eles consigam remir tudo isso por meio do trabalho intensivo em si mesmos (todos os tipos de terapia que as pessoas buscam como tentativa de superar traumas de infância).
No entanto, se tomarmos a responsabilidade pela nossa própria felicidade, deixaremos para nossos filhos uma “herança” que lhes possibilitará caminhar naturalmente por uma vida feliz.
Mas, neste ponto, é importante que paremos por um momento e perguntemos: O que é ser feliz?
E mais especificamente: como os pais definem a “felicidade” para os seus filhos?
Todos os pais do mundo dirão que tudo o que querem é ver seus filhos felizes, quando de fato eles querem que seus filhos tenham sucesso!
Considerando que a maioria associa a felicidade com o sucesso, todos os pais, de fato, desejam que seus filhos tenham sucesso, e isso de acordo com os critérios estabelecidos pelos próprios pais.
Para alguns pais, o sucesso que traz a felicidade se origina no ter uma grande família, para outros, no adquirir patrimônio financeiro, diploma universitário ou até mesmo o pertencimento a um grupo religioso.
No entanto, e de qualquer forma, essa expressão dos pais, “eu só quero que você seja feliz”, que está atada ao conceito deles de sucesso, causa estresse desnecessário aos filhos e os empurram para longe da possibilidade de encontrar a felicidade.
De fato, a felicidade é uma experiência interna estreitamente ligada à autenticidade.
Em outras palavras, a felicidade está vinculada à possibilidade que a pessoa tem de expressar integralmente a singularidade de sua alma neste mundo (assim como cada um de nós tem uma impressão digital única) sem máscaras ou reservas.
Consequentemente, se nós quisermos ver nossos filhos felizes, devemos respeitar a sua jornada individual que é única.
Além disso, nós devemos parar de educar nossos filhos dentro da “bolha da felicidade”, e de protegê-los de todos os desafios e dificuldades, pois, se formos honestos conosco mesmos, temos que admitir que a vida não é só “arco-íris e unicórnios”, mas também haverá dificuldades e lutas pelo caminho.
Na perspectiva tradicional de maternidade e paternidade, assim como na perspectiva da medicina tradicional, a dor é ignorada e mascarada pelos medicamentos.
No entanto, desde uma perspectiva consciente de maternidade e paternidade, com abordagem e gerenciamento, as dificuldades e desafios apenas ajudarão os nossos filhos a se tornarem os indivíduos que eles realmente devem se tornar.
Nosso papel como pais é apenas dar a eles uma assistência na sua jornada, e ajudá-los a crescer e se desenvolver por meio das diversas experiências que a vida lhes oferecerá.
O sexto mandamento: Inconscientemente, os nossos filhos assumem dificuldades cujo objetivo é despertar em nós a necessidade de um realinhamento.
O segundo mandamento já deixou claro que a reencarnação não acontece por acaso e, por isso, podemos concluir que existe entre nós, como pais, e os nossos filhos, um pacto.
Existe uma diferença entre contrato e pacto.
Diferentemente das partes em um contrato, onde a parte insatisfeita pode desistir e abandonar o contrato, isso não pode acontecer no pacto.
Pois uma vez que o pacto tenha sido estabelecido, se uma das partes estiver insatisfeita em relação à essência do que foi combinado, a outra parte, com certeza, também estará insatisfeita, mas nenhuma delas pode abandonar o pacto.
Nesse pacto entre o filho e seus pais, a declaração implícita da criança é a seguinte: “Mamãe/papai, eu não posso seguir em frente na vida se vocês não estiverem na posição em que devem estar, consequentemente, eu servirei como um espelho na frente das suas faces, para que vocês despertem, ainda que por isso eu deva sofrer.”
Portanto, acontece que as crianças, inconscientemente, assumem doenças, bem como dificuldades de sociabilização e de aprendizagem, para assim espelharem os realinhamentos e as mudanças que os pais devem fazer.
A maioria dos pais não têm nenhuma consciência disso e, portanto, eles tentam solucionar os problemas das crianças como se fossem só delas, e não estivessem associados com eles próprios.
Os pais estão dispostos a pagar imensas somas em dinheiro pela educação e saúde dos filhos; no entanto, não entendem que eles não podem abordar nenhum problema que aflige seus filhos, sem olharem para si mesmos também. Além disso, não ouvem o clamor de seus filhos para que invistam em si mesmos e se aprofundem em seu próprio desenvolvimento como seres humanos, tornando-se, ao fazerem isso, também melhores pais.
Por outro lado, os pais não devem se sentir culpados por não serem perfeitos. O tornar-se pais conscientes é um processo sem fim, e nossos filhos não estão pedindo por pais perfeitos, mas, por pais que estão no processo de aperfeiçoamento de si mesmos.
No curso Academia Para a Vida, da Alma – Escola para a Humanidade (ASFH), no exercício número 10, nós ampliaremos ainda mais o entendimento lógico desse mandamento, e também ofereceremos as ferramentas que ajudam a decifrar a ligação entre as dificuldades dos nossos filhos e as mudanças e realinhamentos que nós precisamos fazer como pais.
O Sétimo Mandamento: Nossos filhos não são a coisa mais importante das nossas vidas.
Se você perguntar às pessoas que formaram uma família, “o que é a coisa mais importante da sua vida?”
A maioria delas responderá imediatamente: “Meus filhos!”
No entanto, da perspectiva da maternidade e paternidade conscientes, colocar nossos filhos no topo da lista de prioridades é, de fato, idolatria que contradiz ao primeiro mandamento dos Dez Mandamentos:
“Não tereis outros deuses além de mim.”
“Outros deuses” não significa apenas ídolos e estátuas, trata-se de algo que a pessoa considera o mais importante em sua vida, e do qual ele recebe seu poder.
Para uma pessoa esses “outros deuses” pode ser o dinheiro, para outra, status social ou profissional, enquanto para uma terceira pode ser sua própria aparência, e para uma quarta pode ser seus filhos.
Nós já dissemos que nossos filhos não vieram a esse mundo para satisfazer os nossos sonhos ou preencher o nosso vazio interior. Portanto, se nós recebemos nosso poder de nossos filhos, e eles decidirem um dia nos deixar, para buscar seu próprio caminho, nós tenderemos a começar a manipular a situação, para que não sejamos abandonados, ou poderemos vivenciar uma depressão associada com a síndrome do ninho vazio.
Quando nossos filhos estão no topo da nossa lista de prioridades e, que os céus nos livrem, algo lhes aconteça, nós poderemos entrar em colapso, ou não poderemos oferecer-lhes auxílio, pois fizemos deles a fonte do nosso poder em vez de receber o nosso poder da fonte correta, que é a nossa relação com Deus.
O aprofundamento neste tópico acontece no exercício número 7 do curso Academia Para a Vida.
O Oitavo Mandamento: Nossos filhos têm o direito e o dever de avaliarem tudo aquilo que recebem de nós.
A noção prevalente sobre maternidade e paternidade é que os filhos precisam dar continuidade às tradições dos seus pais, e passá-las adiante para seus próprios filhos, de geração em geração.
No entanto, como já foi explicado, nossos filhos não são propriedade nossa, e uma vez se tornem adultos, eles têm sua liberdade de escolha, e eles têm o dever de exercitá-la se quiserem se tornar seres humanos no sentido integral da palavra.
Por outro lado, devemos conceder aos nossos filhos o direito de examinar objetivamente, por si mesmos, tudo aquilo que eles receberam de nós, como afiliação religiosa e política, a abordagem das ciências, da medicina convencional ou alternativa, dos problemas sociais e ambientais etc.
Precisamos permitir que eles escolham o que é correto por meio de suas próprias experiências, e não por meio de obediência cega.
O Nono Mandamento: Uma vez que nossos filhos tenham alcançado a idade adulta, nós não devemos nada a eles.
De acordo com as Leis da Criação, quando a pessoa alcança a fase adulta, ela deve se postar sobre os próprios pés, e seus pais não lhes devem mais nada.
Os pais não estão obrigados a permitir que seus filhos vivam com eles para sempre, a continuarem a limpar seu quarto, a lavar suas roupas, nem a cozinhar para eles.
Os pais não precisam oferecer apoio financeiro, comprar uma casa para eles quando eles se casam, nem se sentirem culpados por não terem sido bons pais, quando não puderem apoiá-los financeiramente. Eles não são obrigados a cuidar dos netos sempre que solicitados, e também não estão obrigados a deixar nenhuma herança para seus filhos quando falecem.
Qualquer coisa que concedam aos filhos adultos é considerado um presente.
Isso levará os filhos a demonstrar gratidão por presentes que eles recebem, e ainda os ajudará a se tornarem-se mais criativos e independentes.
Isso permitirá também que os pais deem prosseguimento ao seu próprio desenvolvimento, que supostamente não termina só porque eles escolheram a maternidade e a paternidade.
O Décimo Mandamento: Você deve se esforçar e orar por uma afinidade de alma com seus filhos.
A coisa mais maravilhosa que pode nos ocorrer como pais é, um dia, os nossos filhos não terem mais conosco apenas uma ligação biológica, mas também uma ligação espiritual.
Isso ocorre quando ambos os lados, dos pais e dos filhos, encontram-se em um profundo processo de desenvolvimento espiritual, e nossa conexão e conversações em conjunto tocam nas camadas mais profundas da nossa existência, pois nós enxergamos e sabemos quem eles realmente são, e eles enxergam e sabem quem nós realmente somos.
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Os pais que vivenciam esses “Dez Mandamento da Maternidade e Paternidade Conscientes” são pais que compreendem a importância de investirem no próprio desenvolvimento. O propósito disso é eles se tornarem a estrela brilhante que seus filhos procuram, mesmo nas noites mais escuras, quando dão início à sua jornada de vida independente, e necessitam de uma luz guia para iluminar os seus caminhos.