Quando era jovem, eu adorava cantar e dançar —pensei até mesmo em transformar esse amor em profissão. Mas algo ardia dentro de mim mais intensamente do que qualquer amor ou paixão terrena: o anseio de alcançar as alturas, de buscar a compreensão do significado mais elevado da vida, e de experimentar a proximidade com Deus.
Esses anseios ardiam tão intensamente dentro de mim que moldaram todas as minhas escolhas de vida e com elas o meu destino.
Então, embarquei em uma longa jornada de busca que incluiu um mergulho profundo no judaísmo —principalmente no Talmude e nos ensinamentos hassídicos— e a exploração de diferentes escolas de psicologia, várias doutrinas filosóficas e diferentes métodos da Nova Era (Na época, minha biblioteca doméstica poderia competir com uma biblioteca pública).
No entanto, todas essas buscas —que duraram mais de uma década— não me levaram às respostas para as questões essenciais da vida, nem à proximidade com Deus. Isso não aconteceu porque cada caminho que tomei finalmente terminava em um beco sem saída, pois estava cheio de lacunas e contradições.
Por exemplo, no mundo religioso eles falam da Providência Divina —de um Pai que às vezes ama e às vezes se enfurece. Mas que tipo de deus é esse? Ele soa mais como um pai errático, até mesmo abusivo, que um dia acaricia e no outro desfere golpes violentos, forçando você a implorar a ele com lágrimas escorrendo pelo rosto: “Pai, Pai, até quando? Até quando? Tenha misericórdia de nós!”
Seria ele um pai que traz o holocausto e o genocídio sobre os povos? Um pai que age com discriminação, e ama mais certas pessoas do que outras —em resumo, um pai racista???
Obviamente, nada disso pode levar à proximidade com Deus, pois qualquer pessoa que sustente tais percepções distorcidas da divindade não pode ter uma consciência espiritual madura, mas sim apenas uma consciência emocional —que é apenas material— caracterizada por sustentar desejos infantis. O que seria um desejo infantil? Seria, por exemplo, esperar que todos os nossos problemas desaparecessem, sendo instantaneamente redimidos sem que assumamos nenhuma responsabilidade.
Na filosofia, eu encontrei apenas reflexões intelectuais; similarmente, na psicologia e nas análises intelectuais intermináveis do mundo das emoções. Nenhuma delas traz ascensão espiritual, pois o espírito nunca está presente nelas —pelo contrário, é aí que ele é sistematicamente suprimido.
Tudo o que li e encontrei nos denominados métodos da Nova Era pode ser resumido em uma frase: um pântano sufocante de emoções pegajosas que fazem o espírito afundar em um sono mortal.
Esses ensinamentos —assim como uma nova religião— só desfrutam de tanto sucesso mundial porque dão às pessoas exatamente o que seu ego mais ama: uma oportunidade de ignorar tudo o que precisam consertar em si mesmas para, em vez disso, inflar sua importância pessoal ao ponto de transformar o próprio homem em Deus! (Soa familiar? “Você é o Criador!” “Você é a Criação!” “Você é Deus!” “Deus precisa de você para experimentar a Si mesmo!”)
Mas então —vinte e cinco anos atrás—, eu encontrei o livro Na Luz da Verdade: A Mensagem do Graal. Uma obra perfeita que só poderia ter chegado até nós desde as mais elevadas alturas, livre de contradições, livre de lacunas, e que mostra um caminho claro que leva qualquer pessoa que escolha percorrê-lo, diretamente à proximidade com Deus.
Ali eu compreendi que “No entanto, Deus nem intervém diretamente em todas essas pequenas e grandes preocupações humanas, como guerras, misérias e o que ainda mais existe de terrenal! Já de início Ele entrelaçou na Criação as Suas Leis perfeitas que executam automaticamente suas funções incorruptíveis, de modo a que tudo se cumpra com a máxima exatidão, desencadeando-se num ritmo eternamente uniforme, com o que fica excluída a possibilidade tanto de preferências como de prejuízos, sendo impossível qualquer injustiça.” (Capítulo 58, Na Luz da Verdade: A Mensagem do Graal)
Essa obra é estudada no curso avançado da escola e baseia-se na versão de 1941 que o autor deixou antes de sua morte. É importante tomar conhecimento disso porque existem outras versões corrompidas em circulação —semelhante à como as igrejas distorceram os ensinamentos de Jesus— que causam grande dano, e com as quais não temos absolutamente nenhuma conexão.
Através dessa obra, pude compreender e vivenciar o fato de que o intelecto e as emoções não podem definir nossa essência como seres humanos, uma vez que operam apenas no plano terreno e material e, portanto, nunca podem levar a uma ascensão espiritual.
Apenas o espírito pode fazer isso, porque sua origem está além do mundo material e é eterna.
Embora o intelecto e as emoções tenham sido destinados a ser ferramentas de expressão para o espírito, ambos se tornaram consciências independentes que sistematicamente suprimem o espírito.
Assim, nasceu o ego: nossa prisão interior, a verdadeira matrix.
Essa supressão e distorção começou há centenas de milhares de anos e é descrita na Bíblia como o comer do fruto da Árvore do Conhecimento —uma história simbólica, não literal.
Para corrigir esta distorção devemos libertar o espírito para que ele possa se desenvolver, e isso é exatamente o que é exigido de nós como seres humanos na era em que nos encontramos agora —a era que os profetas chamaram de Fim dos Tempos.
Mas, por que o curso DEIXAI IR O MEU ESPÍRITO! — que fornece orientação e ferramentas para libertar e desenvolver o espírito— é tão crítico agora?
Aqui está a resposta completa resumida: O espírito desce e encarna em um corpo terreno como gérmen inconsciente, com o propósito de se desenvolver e então retornar à esfera spiritual —o Paraíso— como um espírito consciente.
O Fim dos Tempos é o período final restante para o espírito completar este processo de desenvolvimento e amadurecimento. No entanto, uma vez que todos nós, sem exceção, nos desenvolvemos incorretamente —ou seja, temos um ego muito grande e um espírito muito fraco— estamos atrasados para corrigir este erro.
Ao mesmo tempo, precisamente agora, quando o intelecto não pode mais explicar a atual realidade global turbulenta, e as emoções estão perdendo a razão, temos então uma oportunidade para que o nosso espírito levante a cabeça e finalmente se liberte!
Posso testemunhar que, quando o espírito consegue superar o ego, o resultado imediato é uma sensação maravilhosa de amor verdadeiro (que é completamente diferente do amor emocional).
Então, a chama do amor por Deus se torna mais forte e naturalmente busca canais através dos quais transmiti-lo aos outros também.
Portanto, cada postagem, cada livro, cada palestra, cada curso e cada programa de treinamento que escrevo e ensino são na verdade canais pelos quais o meu amor por Deus flui.
Este é o amor que nada pede além de poder ajudar os verdadeiros buscadores da Verdade a resgatarem sua liberdade, alegria que não depende de nada, e o poder descomunal do amor que toda pessoa pode vivenciar quando alcança a proximidade com Deus.
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