A Agenda de Lúcifer
Por Hagit Rabbi

A Revelação dos Métodos de Tentação e Controle sobre a Humanidade

Sábado, 2 de agosto de 2025, às 20:30 Horário de Israel

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À medida que a realidade global se torna cada vez mais difícil —guerras, desastres naturais, crises econômicas e mais—, nossa resposta emocional típica e imediata é procurar alguém em quem colocar a culpa.

Para sermos precisos, nossa consciência emocional vivencia a realidade como insuportável, e nossa consciência intelectual tenta encontrar os culpados e “julgá-los.”

Essas duas consciências criam um padrão de resposta automática que governa todos os seres humanos —independentemente de religião, raça ou gênero—, não apenas durante crises globais, mas também durante crises pessoais. (“Meus pais são os culpados“, “meu ex é o culpado” etc.)

Por que isso acontece?

Porque durante uma crise, as pessoas entram em desespero, o que é um estado que elas consideram muito difícil de gerenciar ou aceitar. Por essa razão, elas sentem uma enorme urgência em reconstruir —o mais rapidamente possível!— tanto as suas realidades externas quanto as internas, que ameaçam desmoronar.

Portanto, elas projetam suas dificuldades sobre um fator externo e, ao fazê-lo, aparentemente recuperam o controle sobre suas vidas:

“Agora sei quem ou o que é a fonte do problema, e lutarei contra isso até que ele seja eliminado, e então meu problema estará resolvido!”

No entanto, culpar um fator externo por nossos problemas apenas cria uma ilusão de segurança —uma crença enganosa de que controlamos a realidade e que encontramos a solução.

Mas como nenhuma crise pode ser resolvida culpando fontes externas, ela apenas se intensificará e piorará. Aqueles que continuarem a procurar alguém para culpar correm o risco de perder a sanidade mental, chegando a um colapso completo.

Portanto, a chave para emergir tanto do caos externo quanto do interno é começar a ver a realidade através de nossa consciência superior, que é a consciência espiritual. Essa consciência não se origina do cérebro, não deixa de existir com a morte, pois é eterna e se conecta ao nosso corpo físico através do plexo solar.

Quando começarmos a reconhecer e desenvolver nossa consciência espiritual, começaremos a receber respostas completamente diferentes às perguntas que surgem dentro de nós sobre o estado do mundo.

Então o caminho para nossa própria redenção e a redenção da humanidade também será revelado a nós.

O “atalho” para a redenção —para o qual as emoções e o intelecto nos empurram— apenas estenderá essa nossa jornada indefinidamente.

E embora o desenvolvimento da nossa consciência espiritual possa inicialmente parecer um caminho mais longo, ele é na verdade o caminho mais curto de todos: o caminho de volta para casa, o Paraíso.

Ao longo desta palestra, cujo tópico é: Lúcifer, ou por seu outro nome, Satanás, levaremos os participantes a compreenderem a relação correta entre espírito, intelecto e emoções, que se encontra aqui entrelaçada.

À luz de todo o mal que está sendo revelado no mundo, este é um assunto que preocupa grandemente muitas pessoas, pois elas identificam Lúcifer-Satanás como a fonte de todo mal.

No entanto, mesmo que não consigam realmente identificar quem ele é, o mero pensamento sobre ele imediatamente levanta questões que perturbam buscadores sérios e exigem respostas:

Seria possível que no mundo houvesse duas autoridades –um deus bom e um deus mal– como as doutrinas religiosas dualistas ensinam?

Tal conceito em si é profundamente desencorajador, pois no seu íntimo as pessoas têm dificuldades em aceitar que estão destinadas a viver para sempre presas dentro de uma guerra entre dois deuses. (E em realidade, o “deus mau”, aparentemente, é aquele que está vencendo…)

Mas de fato, este conceito está errado.

Porém, se a perspectiva monoteísta, que acredita em um único Deus que governa sobre tudo –como do Judaísmo, Cristianismo e Islã– está correta, então por que Deus não atua e acaba com toda a maldade no mundo? Por que Deus não detém Satanás? Então, por que Ele criou Satanás para início de conversa?

Para começar a responder a estas questões, recordemos primeiro a história de Adão e Eva que foram tentados pela serpente —que não era outro senão Lúcifer— ao comerem da Árvore do Conhecimento, sendo por isso banidos do Jardim do Éden.

Na nossa série: “Histórias Bíblicas como Símbolos para Decifrar a Realidade do Mundo Atual”, explica-se que essa história não é mais do que um símbolo que descreve o Pecado Original. Isto é, a desconexão entre a humanidade e a consciência espiritual, e a sua escravização à consciência intelectual que não consegue compreender nada que está além do tempo e do espaço.

O que significa isto realmente? Significa que escolhemos, por nosso próprio livre-arbítrio, limitar nossa existência ao mundo material, ou em outras palavras, a uma corrida de ratos, sem fim, onde todos perseguimos sucesso material, mas nunca alcançamos a verdadeira satisfação.

A propósito, a origem dessa expressão provém de experiências realizadas com ratos em laboratórios, em que os ratos corriam em uma roda dentro de uma gaiola. Corriam continuamente na roda, investindo grande esforço, mas na prática, não faziam progresso nenhum —permanecendo no mesmo lugar dentro da gaiola.

Sim! Nós também vivemos numa gaiola. Numa prisão. Dentro das paredes da matrix que criamos para nós mesmos!

Corremos por aí, agitamo-nos e movimentamo-nos constantemente, mas o nosso espírito está aprisionado e reprimido e não chega a lugar nenhum.

E assim esquecemos que este mundo é apenas uma escola para o desenvolvimento do nosso espírito, mas nunca a nossa pátria. O Paraíso é a nossa pátria à qual devemos regressar como espíritos conscientes.

Esquecemos de que não somos os proprietários, mas apenas hóspedes que deveriam elevar o planeta através do poder criativo do espírito.

Contudo, nós não só nos passamos por proprietários, como destruímos o planeta Terra com as nossas próprias mãos! Isto ocorre porque, quando o intelecto assume o domínio, o propósito de nossa existência se torna unicamente terreno e material, então não há como escapar de guerras sem fim, cujo único objetivo é obter poder e controle sobre recursos naturais e sobre outros seres humanos.

A propósito, as grandes guerras são apenas a expressão mais tangível de todas as pequenas guerras, que todos nós travamos apenas para obter vantagem terrena e material.

Nós abusamos descaradamente do privilégio de ser hóspedes neste planeta, e por vaidade e presunção inconcebíveis, presumimos ser governantes de um planeta que na verdade pertence apenas ao Criador Todo-Poderoso.

Hoje, nada é como originalmente deveria ser.

A natureza conserva a sua plena beleza apenas em lugares onde os pés humanos mal pisaram, e onde não foram erguidas construções humanas feias, mecânicas e industriais.

Mas mesmo esses poucos lugares isolados já não são tão belos como eram há milhões de anos, antes do Pecado Original da humanidade. Lugares que deveriam ser muitas vezes mais belos, se o espírito humano tivesse expressado suas capacidades e cooperado com os seres elementais, cujo papel é guardar e manter a natureza.

Para dizer isso honestamente: Hoje, na ausência de consciência espiritual, tudo o que percebemos como belo não é mais do que a ponta do iceberg da verdadeira beleza.

Quero levar-lhes, por alguns momentos, ao mundo antes do Pecado Original (como descrito por Roselis von Sass no seu livro “Os Primeiros Seres Humanos” no capítulo “A Decadência da Humanidade”. Essa descrição baseia-se em capacidades clarividentes da autora brasileira de “canalizar acontecimentos” relativos à história da humanidade):

“A vida antes do pecado original era uma festa ininterrupta. A Terra era um paraíso, livre de todo mal. Nada existia que turvasse a harmonia, a felicidade e a beleza… A Vontade de Deus, exclusivamente, reinava em toda parte no mundo… Nada acontecia que fosse contrário à Sua Vontade Sagrada, perturbando a Ordem Sagrada da Criação.

Durante esse período reinava a paz na Terra. Paz, confiança e alegria…

A época áurea durou aproximadamente um milhão e oitocentos mil anos.”

Contudo, há cerca de um milhão e duzentos mil anos, o homem começou pela primeira vez a perturbar a perfeita harmonia e equilíbrio na Criação, agindo assim contra a Vontade de Deus e sujeitando-se voluntariamente ao seu intelecto. Em vez de usá-lo meramente como um instrumento, o homem elevou-o à posição de governante supremo.

Isto aconteceu quando Lúcifer e seu exército auxiliar se aproximaram pela primeira vez apenas das almas das mulheres, uma vez que era mais fácil ganhar influência sobre elas do que sobre as almas dos homens, e incentivou-as a se desconectarem do espírito.

No entanto, Lúcifer só conseguia seduzir os seres humanos, mas nunca teve o poder de os remover ou desconectar do seu espírito, nem de afastá-los dos verdadeiros guias espirituais da humanidade.

Esses mesmos guias estão conectados à Luz e operam através da intuição que se origina do espírito, enquanto as influências luciferianas afetam apenas o intelecto.

Com a supremacia que a humanidade atribuiu ao intelecto, ambas as partes do cérebro, que originalmente eram do mesmo tamanho, também mudaram. A parte destinada a assimilar vibrações espirituais foi negligenciada e suprimida, até que finalmente ficou completamente atrofiada. Hoje, esta parte do cérebro é chamada de cerebelo, também conhecido como o “pequeno cérebro”.

A outra parte do cérebro —chamada cérebro, ou grande cérebro— sofreu desenvolvimento exagerado devido à sua atividade unilateral. Assim apareceu um desequilíbrio que, com o passar do tempo, se transformou em anomalia hereditária. O Pecado Original [Hereditário].

Essa transformação foi o início de todo o mal na Terra…

O Planeta Terra tornou-se cada vez mais escuro e os seres humanos distanciaram-se cada vez mais de Deus, e por sua vez começaram a adorar Lúcifer. (Isso através de vários rituais de adoração —como a adoração de Baal e Assera— que incluíam êxtase sexual e automutilação, e através dos quais o poder do espírito humano era direcionado para a manutenção contínua do domínio de Satanás sobre a humanidade.)

Agora surge a questão: Afinal, quem é Lúcifer, e por que Deus permitiu que ele nos seduzisse em primeiro lugar?

Lúcifer era de fato um Arcanjo e o significado do seu nome é: “Portador da Luz” (Como mencionado, em hebraico o seu nome é “Satanás” que significa “adversário ou oponente”— e em breve veremos a quem e ao que ele exatamente se opôs.).

Ele não era nem monstruoso nem feio, como muitos imaginam. Pelo contrário, de todos os Arcanjos —cuja origem está na Esfera Divina— ele era o mais belo e radiante.

Originalmente, ele foi enviado ao mundo material para auxiliar os seres humanos no seu desenvolvimento: para lhes conceder a ferramenta do intelecto, para que pudessem expressar plenamente as capacidades do seu espírito.

Em outras palavras, o intelecto em si não é uma coisa má, desde que seja usado apenas como ferramenta. (Por exemplo, toda criação artística verdadeiramente importante —cuja inspiração é recebida através do espírito— não pode ser expressa sem a ajuda do intelecto, pois precisa ser colocada em palavras, em sons ou por pinceladas.)

E de fato, no início tudo procedeu de forma adequada.

Lúcifer trouxe a sua luz aos seres humanos e os ajudou a tornarem-se mais sábios e mais capazes, e assim também mais felizes em suas vidas na Terra.

Mas então, Lúcifer começou a desenvolver a sua vontade própria que se opôs (Satanás = Opositor) à Vontade de Deus (e logo falaremos sobre a nossa vontade própria –que Lúcifer nos inspirou a desenvolver– e da qual temos tanto orgulho, sem percebermos para onde isso nos está levando, nem quem está por trás dela).

O orgulho surgiu em Lúcifer em relação à luz que ele trouxe, e a vontade própria despertou nele o desejo de incitar os seres humanos a favorecerem a luz do intelecto em detrimento da luz do espírito.

No início, aparentemente, ele não queria se rebelar e trair Deus, mas ele apenas sabia, melhor do que Deus, o que era correto: “O intelecto é melhor que o espírito!”

A propósito, mesmo quando os israelitas, durante sua peregrinação no deserto, criaram a estátua do Bezerro de Ouro, não foi por desejo de trair Deus, mas sim porque pensavam ter uma ideia melhor de como adorar Deus, comparado àquilo que Moisés havia ensinado.

Judas Iscariote também não queria inicialmente trair Jesus, mas simplesmente pensava que ele sabia, melhor do que Jesus, qual deveria ser a missão de Jesus.

Ele aspirava transformar Jesus em um líder político, enquanto Jesus estava destinado a trazer apenas a redenção espiritual.

Quando o seu plano foi rejeitado, o amor de Judas Iscariote por Jesus transformou-se em ódio e ele o traiu.

Mas voltemos a Lúcifer.

Gradualmente, Lúcifer começou a perceber-se como deus, desenvolvendo uma teimosia em relação à sua opinião como sendo a única correta.

Assim, ao incitar os seres humanos a buscarem o poder e a riqueza material, fez com que eles cumprissem a sua vontade.

Ao usar indevidamente o poder que lhe foi concedido, ele introduziu, pela primeira vez, o princípio da tentação por meio do intelecto em lugar do princípio do Amor Divino, que visa a ascensão espiritual.

Lúcifer recusou-se a esperar pacientemente pela maturação e fortalecimento gradual da humanidade. Recusou-se a ser o jardineiro amoroso que deveria ter sido —um jardineiro que cuida, apoia e zela pelas plantas confiadas aos seus cuidados.

E então, ele começou a desenvolver um ódio intenso e ilimitado pelas criaturas fracas que tão facilmente caíam na armadilha que ele lhes preparara, e começou a desejar o aniquilamento delas.

Além disso, ele sentia grande desprezo pela baixeza, corrupção e crueldade demonstradas pelas vítimas que caíram no seu princípio, pois ele havia apenas introduzido o princípio errado —a preferência pelo intelecto— mas foram os próprios seres humanos que, sozinhos, usaram esse princípio para criar tais abominações cruéis (o mal).

E com isso, eles incitaram Lúcifer ainda mais a considerá-los como criaturas indignas de qualquer coisa, exceto o aniquilamento.

Então, Lúcifer começou a desenvolver, além da teimosia, também a determinação de provar a Deus que os seres humanos são indignos do Seu Amor e Misericórdia.

Para implementar o seu princípio, Lúcifer teve de fazer uso de suas tropas auxiliares, um exército de servos, que efetivamente criou as Trevas.

Essas forças auxiliares, os exércitos de Lúcifer, são compostas por várias entidades —que se conectaram ao seu poder durante a sua descida da Esfera Divina para o mundo material— bem como espíritos humanos na Terra, que escolheram tornarem-se seus servos entre a humanidade.

Em outras palavras, são aqueles que continuam a espalhar o princípio errado e a manter a maioria da humanidade na sua armadilha.

A esses servos, Lúcifer concedeu poder enorme e grande riqueza, e eles em troca coroaram-no oficialmente como seu deus.

Essas pessoas trevosas caminharam e, hoje, ainda caminham entre as fileiras de pessoas no planeta Terra, enquanto se veem como iluminadas e esclarecidas, seguindo sua preferência pelo intelecto! (Os Illuminati, por exemplo, termo em latim que significa “os iluminados” ou “os esclarecidos”.)

Eles conduzem a humanidade —que está escravizada ao intelecto— a guerras sangrentas, porque eles, tal como Lúcifer, odeiam a humanidade.

Por isso, atualmente, na Terra não podemos mais encontrar paz e alegria verdadeiras.

Apenas muito poucos daqueles cuja consciência espiritual ainda é forte o suficiente e que não se deixam levar por tentações, ainda existem entre a humanidade.

No entanto, aqui surge claramente uma questão: Por que Deus, que é onipotente, não “excomungou” e baniu o anjo caído do mundo, depois de Lúcifer ter traído sua missão, para que pudéssemos ser salvos de sua tentação?

Para responder a esta questão, temos que entender várias coisas:

  1. O planeta Terra é um lugar onde o desenvolvimento ocorre por meio do livre-arbítrio.

O espírito humano pode se desenvolver por meio do livre-arbítrio.

Portanto, quando Lúcifer desceu ao mundo material, a ele também foi concedido livre-arbítrio e, em última instância, ele optou por sua própria vontade em vez da Vontade de Deus. (Isto é absolutamente impossível na Esfera Divina, que é a origem de todos os anjos. Pois lá, na proximidade de Deus, a vontade própria não pode desenvolver-se, uma vez que tudo vibra na Vontade de Deus.)

Da mesma forma, Lúcifer poderia de fato incitar os seres humanos a trilharem um caminho que é perigoso para eles, mas não poderia de forma nenhuma forçar coisa alguma sobre os seres humanos —a menos que eles próprios assim decidissem, por seu próprio livre-arbítrio!

  1. Toda a Criação opera de acordo com Leis perfeitas —as Leis da Criação— e essas expressam a Vontade de Deus.

Portanto, era impossível “excomungar” Lúcifer da Criação, porque Deus não intervém na Criação pessoalmente —como nos foi ensinado no jardim de infância— mas isso teria de acontecer apenas através das Leis da Criação. (Lúcifer foi de fato neutralizado de acordo com as Leis, e voltaremos a esse assunto mais tarde nesta palestra.)

  1. O mundo material é o campo de jogo da humanidade, uma vez que apenas o espírito humano pode encarnar num corpo físico e operar no mundo material. Em contraste, embora a origem de Lúcifer seja de fato Divina, ele não encarnou num corpo e, portanto, é muito vergonhoso que a humanidade tenha se deixado instigar por uma força que é mais fraca do que a sua própria força no mundo material.

Portanto, se o casal na história do Jardim do Éden tivesse permanecido firme, Lúcifer não teria tido sucesso ao instigá-los. Permanecer firme significa obedecer alegremente à Vontade de Deus —que era bem conhecida do casal humano e encontra-se nas leis simples da natureza, que são uma e a mesma coisa com as Leis da Criação.

Por exemplo: De acordo com as Leis da Criação, só podemos verdadeiramente receber quando damos algo de nós. Contudo, quando os seres humanos foram incitados por Lúcifer, eles violaram essa lei e tornaram-se criaturas que apenas querem receber sem dar nada em troca.

De fato, apenas através da obediência à Vontade de Deus —que são as Leis da Criação— pode o homem verdadeiramente tornar-se o “senhor da Criação”, e se ele não se posicionar em oposição a essas Leis Primordiais, elas o servirão e trabalharão automaticamente para o seu benefício!

Portanto, não só o espírito de cada pessoa que aspira ao que é elevado –isto é, que se esforça em direção à Luz– é completamente capaz de lidar com Lúcifer e seus servos, mas até os supera grandemente em força!

Uma única vontade sincera e genuína é suficiente para fazer desaparecer, sem rastro, todo um exército de Lúcifer.

Na Terra, permaneceram apenas alguns que lutam para trilhar o caminho de Deus.

Por causa desses poucos, Deus enviou repetidamente poderosos auxiliadores que mostraram às pessoas, novamente, o caminho da Verdade.

Eles foram os precursores, portadores da Verdade —Moisés, Lao-Tsé, Zoroastro, Buda e outros— que foram enviados para trazer a Verdade a cada nação e viveram e trabalharam entre o povo dessa nação.

Esses precursores permitiram que a Luz da Verdade brilhasse poderosamente na Terra, e quando os seres humanos absorviam a Luz, eles começavam a viver novas vidas, a paz e a tranquilidade reinaram entre eles.

No entanto, quando esses portadores da Verdade deixavam o planeta Terra, tudo o que eles ensinaram era rapidamente esquecido ou distorcido em alguma religião.

Profetas masculinos e femininos foram enviados para alertar contra a crescente deterioração da humanidade, e para auxiliar o ser humano a se libertar da prisão luciferiana. Mas na maioria das vezes a humanidade apenas perseguiu, torturou e até assassinou esses verdadeiros mensageiros da Luz.

Platão descreveu isso claramente na Alegoria da Caverna (que ele escreveu depois da execução de seu mestre, Sócrates):

Desde o momento em que nascem, os seres humanos ficam sentados em uma caverna escura e têm certeza de que essa caverna é o mundo inteiro!

Quando um dos prisioneiros consegue –por meio de enorme esforço– se libertar das correntes e sair da caverna, ele descobre o mundo verdadeiro, que é o mundo espiritual, e o sol que simboliza a Verdade.

Contudo, quando ele regressa para contar aos outros, a fim de os libertar, eles não acreditam nele e até querem assassiná-lo!

Assim, o planeta Terra afundou gradualmente, e a desconexão com a Luz e com Deus tornou-se um perigo real.

Lúcifer celebrou sua vitória, porque o mundo material tinha-se tornado o seu reino!

Por isso, há cerca de dois mil anos, Jesus, o Filho de Deus, foi enviado ao mundo para salvar a humanidade.

Foi-lhe dado Poder Divino que nunca antes tinha chegado à face da Terra!

Ele trouxe a Verdade, pois só ela pode libertar o espírito!

A Verdade não incita, nem lisonjeia o ego do homem. (O ego é composto pelo intelecto e as emoções.)

A Verdade é afiada como a navalha, pois vem libertar o espírito de todas as amarras com que permitiu que Lúcifer o amarrasse, e ajudar o espírito a reunir forças para cortar —de uma vez por todas— a cabeça da serpente!

Em contraste, quem não reconhece a Verdade está condenado à morte espiritual.

Por isso, sua única possibilidade de salvação seria através de sofrimento extremo, que poderia enfraquecer o poder do intelecto e das emoções e então permitir que o espírito moribundo despertasse.

Jesus foi enviado para permitir que os seres humanos individuais mantivessem uma consciência espiritual e a conexão com a Luz, a fim de impedir o afundamento absoluto da Terra até os Dias do Juízo Final.

Sem essa ajuda, o planeta Terra teria certamente afundado e nenhum espírito humano poderia ter sido salvo.

A maioria das pessoas acredita que são “pessoas boas”, que estão do lado da Luz e que não têm absolutamente nada a ver com as trevas e Lúcifer.

Mas não percebem que elas mesmas definem o propósito de suas vidas como um “viver bem” rodeados por sua família e desfrutando do aqui- agora no mundo terreno —elas também já caíram na armadilha de tentação de Lúcifer!

Assim acontece porque elas não conseguem compreender que tudo o que não faz o espírito avançar em direção à Luz é trevoso!

A maioria das pessoas sonha e anseia pelo dia em que “os malvados” serão removidos da Criação e eles, “os bons”, poderão então respirar livremente e viver em paz e sossego.

Contudo, se Deus verdadeiramente purificasse a Criação de todos os servos de Lúcifer —como eles mesmos sonham e esperam— a vasta maioria da humanidade seria varrida nesta purificação, porque a maioria esmagadora ligou-se pelo seu próprio livre-arbítrio à ferramenta de Lúcifer: o intelecto!

Em outras palavras: se a consciência intelectual de uma pessoa domina —ou seja se ela percebe a realidade apenas através dos seus cinco sentidos— ela está, na verdade, ligada ao tempo e espaço e está assim escravizada a Lúcifer! (Ainda que defenda a justiça social e escreva postagens contra os Illuminati e Lúcifer dia e noite.)

O Anticristo —que tantos no mundo tentam identificar— não é Napoleão, Hitler ou Putin, mas o próprio Lúcifer, operando através do intelecto humano.

Contudo, uma vez que ninguém suspeitava que o Anticristo se esconde por trás do intelecto, Lúcifer conseguiu espalhar sua influência maliciosa muito mais facilmente por todas as áreas da sociedade!

Lúcifer nos separou de Deus e do viver de acordo com a Vontade de Deus –que são as Leis da Criação– e as substituiu pela “vontade própria”.

Assim, em vez de nosso espírito se desenvolver por meio de um servir alegre na Criação –e por meio da convicção absoluta de que receberíamos tudo que precisamos para nossa jornada no mundo material– ficamos travados, desenvolvendo o ego e correndo atrás de status financeiro devido às preocupações constantes.

Lúcifer separou a humanidade de qualquer compreensão sobre tudo o que existe além do mundo material! Da verdadeira vida! Da conexão com o espírito, que leva à proximidade com Deus!

Em vez de receber força abundante do Criador, porque verdadeiramente, “é Ele quem vos concede poder para obter riqueza” (Deuteronômio 8:18) —Lúcifer, através do intelecto, impôs sobre nós a crença transformada em lema: “Meu poder e a força da minha mão me trouxeram esta riqueza” (Deuteronômio 8:17).

(Incidentalmente, esta é precisamente a razão de a energia livre permanecer indisponível para nós —embora esta possibilidade certamente exista na Criação— forçando-nos a lutar por, e a disputar fontes de energia caras e poluentes.)

Supostamente devemos “nos virar com nossa própria força” e “confiar apenas em nós mesmos” porque fomos condicionados a pensar que receber o Poder de Deus é uma ilusão religiosa.

Contudo, este é um argumento luciferiano dos mais sofisticados, porque Lúcifer se infiltrou nas religiões com seu princípio e causou todas as distorções dentro delas —distorções e contradições que fazem com que milhões de buscadores genuínos se definam como ateus, uma vez que a imagem de Deus, apresentada pelas várias religiões, desperta rejeição e desconfiança neles.

Mas, mesmo se uma pessoa se afasta das religiões e busca alívio para sua dor, por meio de terapia psicológica ou dos vários métodos da Nova Era, ela ainda não consegue escapar dos agentes de Lúcifer, que a cercam por todos os lados, constantemente enfatizando e promovendo a importância do eu.

Sua tática, agora difundida em toda parte, promove a autoestima e a autoimportância em um grau quase obsessivo. Isso inevitavelmente fortalece o ego e nos desconecta do espírito. Por exemplo, essa tática funciona distorcendo os conceitos da Luz:

A confiança em Deus proporciona proteção contra muito mal, e sem ela ficamos expostos a danos —até mesmo danos que não são resultado de carma. Essa confiança foi substituída pela “autoconfiança,” um substituto frágil que pode desaparecer quando os planos do nosso “eu” não funcionam como planejado.

O amor a Deus e o amor ao nosso próximo —que nos levariam diretamente a uma vida de amor contínuo e sempre presente— foram substituídos pelo “amor-próprio” que limita o amor a algumas horas de “tempo de qualidade consigo mesmo” e finalmente leva à solidão e à incapacidade de amar.

O reconhecimento de Deus transformado em conhecer a Deus, que nos teria dado tudo, foi substituído pelo anseio por autorreconhecimento: “Preciso ser visto e apreciado!” Esse anseio leva as pessoas a viverem como mendigos, constantemente buscando migalhas de reconhecimento para o seu “eu”, porque, caso contrário, se sentem sem valor.

A cura através do Poder de Deus —o Poder com o qual Jesus podia realizar milagres e curar pessoas consideradas incuráveis, e aquelas que sofriam de traumas e vícios— foi substituído pela “autocura.” Mas quão pobre e limitada é esta autocura.

Assim, Lúcifer nos desconectou da Fonte da Vida e nos aprisionou em uma jaula, onde não apenas temos que implorar por água racionada, mas onde até preferimos beber água misturada com drogas viciantes!

Isto é exatamente como nos estudos que mostram que camundongos e ratos preferem água com cocaína (ou outras drogas) em vez de água pura quando confinados em jaulas de laboratório.

Por que isso acontece?

Porque quando estamos separados da Fonte, nunca podemos estar verdadeiramente satisfeitos com o “eu”. Especialmente durante tempos difíceis, sentimos como se não mais tivéssemos energia; como se a nossa bateria estivesse drenada, mas não temos como recarregá-la, pois, ela não se recarrega “por si mesma”.

Então vem a serpente e nos instiga novamente, nos oferecendo substitutos de poder que por fim apenas nos enfraquecem ainda mais, e nos prendem em um círculo vicioso de onde é difícil escapar. O exemplo mais óbvio disso são as drogas (e medicamentos psiquiátricos também).

Continuamos a vagar pelo mundo, ansiosos e sozinhos. Conforme as coisas pioram, nós reconhecemos que todos os substitutos que nos foram oferecidos não mais funcionam.

Nós não temos mais forças –e também não temos Deus.

Então vamos procurar parceiros românticos, esperando que eles nos concedam forças. Mas esquecemos que eles não são Deus —são seres humanos tão impotentes quanto nós. Portanto, tentar “extrair” a força deles apenas nos leva a uma amarga decepção nos relacionamentos.

(Em contraste, se ambos os parceiros colocassem Deus em primeiro lugar —como o Primeiro Mandamento instrui— ambos estariam conectados à Fonte de Poder. Eles não entrariam no relacionamento por necessidade, mas pelo desejo de combinar suas forças e multiplicar esse poder.)

Mas a maioria dos casais não conhece esse segredo. A vida matrimonial não apenas falha em energizá-los, mas na verdade os drena, então eles vão procurar poder em outros lugares novamente…

Alguns deles são buscadores sérios que começam a procurar o poder em lugares e ensinamentos que oferecem uma alternativa que, à primeira vista, parece muito tentadora.

Mas já sabemos quem apresenta a tentação…

De fato, as Trevas sabem que as pessoas estão procurando a Luz, então preparam outra armadilha para elas, atraindo-as para que procurem sob a cúpula esotérica, onde elas distorcem e torcem o significado de todos os valores e conceitos da sociedade.

O verso de Isaías 5:20 descreve perfeitamente a situação em que nos encontramos hoje: “Ai daqueles que chamam o mal de bem e o bem de mal, que consideram trevas como luz e luz como trevas, que consideram o amargo como doce e o doce como amargo”.

A cúpula esotérica —ou pelo seu outro nome, a cúpula da Nova Era— tem um efeito semelhante à caverna de Platão, pois bloqueia o caminho do indivíduo para uma verdadeira ascensão espiritual. O indivíduo vive sob a ilusão de que já alcançou o nível mais alto que o liberta da matrix, mas não sabe que agora está preso na matrix do mundo material astral e etérico.

Ao longo da história, todos os falsos profetas e falsos mestres extraíram seus ensinamentos das várias camadas dessa cúpula esotérica.

Um exemplo claro da distorção do conceito de Divindade é a explicação dada para a existência de Deus dentro da cúpula esotérica.

O que nos dizem lá? Que Deus está dentro de nós!

Se não fosse tão triste —uma vez que isto apenas prova quão grande é a arrogância e tolice humanas— seria cômico, porque a distância entre a esfera espiritual e Deus nunca pôde ser compreendida pelo espírito humano, uma vez que ele só pode perceber até onde está a sua própria origem, e não além!

Lúcifer nos feriu, fazendo-nos perder a fé na omnipotência de Deus e no Seu Amor por nós, e esta ferida aberta continua a sangrar e a nos causar sofrimento.

O nosso espírito deve completar o ciclo e regressar para o lar —à nossa pátria, ao Paraíso— como acontece na circulação sanguínea no corpo físico.

No entanto, uma vez que fomos separados da esfera espiritual, continuamos a enfraquecer, como num sangramento constante de uma ferida aberta.

Contudo, quando a necessidade é maior, a ajuda de Deus está mais próxima de nós do que nunca!

Precisamente nos Dias do Juízo Final, a maior ajuda foi-nos enviada para permitir o fechamento desta ferida aberta!

O Livro do Apocalipse é um livro que descreve —em imagens e metáforas— os eventos dos Dias do Juízo Final, ou seja, o período em que nos encontramos agora.

Em muitos lugares –como no capítulo 13, versículos 2-4– vemos a descrição da Besta a quem o Dragão concede seu poder.

Quem é o Dragão? E quem é a Besta?

O “Dragão” é Satanás, Lúcifer, a antiga serpente, e a “Besta” é o intelecto.

Por que ele é chamado de Besta? Porque o cérebro –que é a morada física do intelecto– pode de fato ser descrito como uma besta, pois da perspectiva espiritual, o cérebro humano evoluiu de um corpo animal (Darwin estava certo sobre isso). No entanto, ele deveria ser apenas um servo do espírito, e não o senhor.

O Livro do Apocalipse também nos informa que o Dragão e a Besta alcançariam o clímax de seu poder imediatamente antes do Julgamento Final e do Fim dos Tempos, mas que então Lúcifer seria mantido preso por mil anos:

“Então eu vi um anjo descendo do céu, tendo a chave do abismo e uma grande corrente em sua mão. Ele segurou o dragão, aquela serpente antiga, que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos; e o lançou no fundo do abismo, e o fechou, e pôs um selo sobre ele, para que ele não mais enganasse as nações até que os mil anos se cumprissem…” (Capítulo 20, versículos 1-3)

É impossível para qualquer espírito humano lutar em uma batalha contra o próprio Lúcifer, pela simples razão de que, devido à diferença de natureza e origem de suas espécies, os humanos não podem chegar até o seu domínio.

Um espírito humano pode entrar em contato apenas com aqueles que caíram devido ao princípio errado, porque eles são fundamentalmente da mesma espécie.

A origem de Lúcifer exigia que apenas alguém que tivesse a mesma origem, ou uma origem superior, pudesse aproximar-se e enfrentá-lo pessoalmente.

Portanto, ninguém mais poderia subjugá-lo, exceto um Enviado Divino armado com uma confiança perfeita e inabalável na Fonte de Todo Poder — no próprio Deus!

Esta missão foi delegada ao profetizado Filho do Homem, e de fato, Ele a cumpriu no século passado, ao amarrar Lúcifer por mil anos!

A ferida agora poderia ser curada! O caminho para as Alturas Iluminadas, para o Paraíso, estava aberto diante de nós novamente, na Luz da Verdade!

Desde que Lúcifer foi amarrado e despojado de seu poder, as Trevas ficaram sem uma fonte de poder e, portanto, estavam destinadas a se extinguirem por si só.

Pense em uma planta num vaso.

Quanto tempo ela pode sobreviver sem água? A planta mais resistente pode sobreviver por um ano e então morre.

E isto é exatamente o que deveria ter acontecido com as Trevas!

Assim, de acordo com a Vontade da Luz, o espírito humano foi libertado e poderia seguir o caminho correto de desenvolvimento espiritual e de ascensão.

Mas então algo aconteceu, que nem mesmo a Luz poderia ter previsto!

Lúcifer estava amarrado, mas a humanidade escolheu continuar no caminho que ele estabeleceu, mesmo sem ele, e tornou-se o fornecedor de poder para as Trevas!

Lúcifer odiava a humanidade, e o seu plano visava causar a destruição dela, enquanto as Trevas apenas escravizam a humanidade porque precisam da sua energia.

Imagine que você está submetido ao abuso de um psicopata e alguém consegue libertar-lhe completamente desse controle; mas então, você escolhe novamente a companhia de outro psicopata —e desta vez um muito pior!

O que aconteceu com a humanidade?

O intelecto não permaneceu mais apenas no cérebro frontal do homem, mas ele criou uma central coletiva localizada no mundo astral.

Podemos comparar esse intelecto coletivo a um computador do tipo servidor massivo ao qual todos os seres humanos espiritualmente fracos —que são a maior parte da humanidade— estão constantemente conectados, seja “baixando” conteúdo dele ou “carregando” conteúdo nele.

(A propósito, aqueles que mais o alimentam, carregando conteúdos nele, são os convocados, que compõem a liderança espiritual, e que têm maior acesso ao Poder que flui de Deus, mais do que qualquer outra pessoa. Então, se dissermos que a pessoa comum, que não possui consciência espiritual, alimenta as trevas com uma gota de água, os convocados as alimentam com um oceano inteiro. Por isso, se a liderança espiritual do mundo não despertar para o seu dever, e continuar alimentando o intelecto coletivo com esse poder, a humanidade não terá nenhuma chance!

Eles são aqueles que foram convocados para exterminar as Trevas na cúpula esotérica, e só depois disso o restante da humanidade –na qual a centelha espiritual ainda não se extinguiu– poderá se salvar.)

Essa central de pensamentos alimenta as Trevas continuamente, e é de fato quem hoje move as marionetes e causam que toda a liderança política do mundo –sem que essa esteja consciente disso– atue como atua.

No curso DEIXAI IR O MEU ESPÍRITO! –o curso fundamental da nossa escola para o desenvolvimento da consciência espiritual– nós definimos o intelecto como um “advogado” astuto. Portanto, o intelecto coletivo pode ser definido como o “Departamento de Justiça”.

Um “Departamento” que promulga leis insanas —que todos nós vivenciamos diariamente— e ignora as Leis da Criação, que são as únicas leis que deveríamos ter.

Mas, como as trevas foram separadas de sua fonte de poder, elas agora buscaram uma fonte adicional de energia, e assim outro centro astral foi criado: a central emocional coletiva. E se o intelecto está localizado no cérebro frontal e de lá se conecta ao intelecto coletivo, então as emoções estão localizadas na glândula pineal e de lá se conectam à central emocional coletiva.

Enquanto isso, a localização da fonte de conexão do espírito com o corpo físico é o plexo solar, do qual as impressões deveriam chegar ao cerebelo, o pequeno cérebro, que é de fato o cérebro posterior. Enquanto a glândula pineal deveria ser a ponte para o cérebro frontal.

Portanto, não é surpreendente que todos os falsos profetas e falsos mestres elogiem —talvez inconscientemente— a glândula pineal e convençam as pessoas de que suas emoções são o que as torna as criaturas mais nobres da Criação.

E os políticos? Eles também percebem que as emoções são o “combustível” para a central emocional coletiva das Trevas, então eles se asseguram de que os cidadãos do mundo sejam mantidos em perpétua turbulência emocional: raiva, ciúme, ódio, medo, ansiedade etc.

Por outro lado, o espírito foi silenciado e aprisionado, e apenas um verdadeiro profeta e um verdadeiro mestre serão capazes de libertá-lo de sua prisão e de reconectá-lo à sua fonte: a esfera espiritual, o Paraíso.

Quando Lúcifer viu, desde o local onde foi preso, como a humanidade continua a trair a Luz, mesmo sem a sua presença, ele não conseguiu entender por que a Luz ainda auxilia os seres humanos, já que eles provaram, sem sombra de dúvidas, que a sua alegação estava correta —eles não são dignos de auxílio!

E, de fato, quando olhamos para a humanidade, vemos que Lúcifer estava certo. A humanidade, realmente, não é digna de auxílio, mas a Luz é tão misericordiosa e benevolente que, enquanto houver mesmo que apenas alguns indivíduos buscando e ansiando pela Luz, ela continua a nos enviar auxílio. Lúcifer arde de ódio em sua prisão, e embora não possa ser explicado o que isso significa em apenas uma palestra para o público geral, como a presente, Lúcifer na verdade não representa mais nenhuma ameaça para a humanidade!

A ameaça contra a humanidade é a própria humanidade, que criou e continua a alimentar as Trevas, e se opõe —com teimosia luciferiana— a todos os mensageiros que vêm para auxiliá-la.

Portanto, derrotar as Trevas é na verdade muito fácil:

Devemos parar de alimentá-las com o intelecto e as emoções, ou seja, com o ego!

E então haverá paz e bênçãos na Terra.

É importante lembrar como nós definimos “trevas”, pois esta é a chave para o despertar espiritual:

Tudo que não permite o avanço do espírito em direção à Luz é trevoso, e lá o mal é criado!

Portanto, a verdadeira ajuda que nos vem da Luz durante os Dias do Julgamento Final é destinada a promover a libertação do espírito das trevas (e não para o que é necessariamente agradável ao nosso intelecto e às nossas emoções).

Precisamos entender que estamos doentes. O fato é que a humanidade está doente porque o nosso espírito está morrendo.

Como as Trevas precisam da humanidade como fonte de energia, ela tenta esconder esse fato a todo custo, e nos oferece analgésicos para amortecer os sintomas e nos manter presos no mundo ilusório da matrix, onde encontramos: compras, viagens, drogas e distrações sem fim.

No entanto, para manter a humanidade na ignorância, a sua mais forte estratégia é a distorção de todos os conceitos que vieram da Luz, confundindo a todos.

Tomemos como exemplo a expressão “Nova Era”.

O termo veio originalmente da ideia de uma “nova era” que introduziria uma mudança na consciência humana, na direção da espiritualidade, harmonia e paz.

Mas, de fato, as Trevas sequestraram os conceitos dos “Dias do Juízo Final” e do “Fim dos Tempos” da Nova Era —que se destinavam a beneficiar o espírito— e os utilizaram para construir a cúpula esotérica, atraindo para si cada vez mais buscadores. Tudo isto, enquanto prometiam harmonia e paz, principalmente para as emoções (que os falsos mestres estão sempre tentando “acalmar”…).

De fato, as Trevas sequestraram até o conceito de “Espiritualidade” e associaram-no a festas banhadas em drogas em meio a natureza!

Outro exemplo: Hitler tomou o conceito “Reino de Mil Anos”, no qual a Luz governará na Terra, e o distorceu em “Reich de Mil Anos” em que, segundo a visão nazista, a Alemanha governaria a Europa e o mundo por mil anos.

Ele também distorceu a Cruz da Verdade, com os seus dois braços iguais, na suástica (assim como a igreja também distorceu este símbolo sagrado na cruz de sofrimento, na qual Jesus foi crucificado).

Mas a estratégia mais perigosa das Trevas é misturar verdades com mentiras.

O espírito reconhece a Verdade e começa a seguir o mestre, que então oferece uma solução que é na realidade uma mentira. Mas a pessoa não percebe isso e continua a seguir esse mestre com seu intelecto e suas emoções.

Vejamos três exemplos para ilustrar este assunto desde diferentes ângulos: o paradigma da Nova Era, das religiões e do humanismo.

  1. Nova Era: Osho (o famoso mestre indiano) fala sobre como a instituição do casamento se tornou obsoleta —o que é verdade. Mas o remédio que ele oferece —casamento aberto— é uma mentira e leva as pessoas para longe da Verdade.

Na palestra “A Verdade Sobre a Monogamia Jubilosa”, eu explico o que causa as crescentes taxas de divórcio e qual é a verdadeira solução para um casamento feliz.

  1. As religiões fornecem outro exemplo. As Trevas aprenderam a usar as Leis da Criação, então os líderes religiosos de todas as denominações fazem mal uso da Lei de Causa e Efeito, de forma semelhante. Eles culpam o sofrimento pela devoção insuficiente —seja a falta de frequência regular às liturgias, o apoio financeiro ou as oferendas inadequadas, a falha em seguir restrições alimentares religiosas, ou a inobservância ou observância imprópria de rituais religiosos— e prescrevem aderência mais rigorosa a essas regras, feitas pelo homem, como solução.

Contudo, se examinarmos este argumento usando o exemplo de rabinos do judaísmo –que culpam a não aderência às regras kosher como causa dos sofrimentos–, como reconciliamos o seu argumento com o fato de que durante a destruição do Primeiro e Segundo Templos, das Cruzadas, e até do Holocausto, a maioria dos judeus era muito observante, seguindo diligentemente suas práticas religiosas? Pois isso não impediu seu sofrimento.

Portanto, deve-se reconhecer as verdadeiras Leis da Criação versus as mentiras encontradas nas regras feitas pelos homens dentro das religiões. Em última análise, se uma pessoa não reconhece no seu espírito a diferença entre as Leis da Criação –universais e objetivas, e as regras subjetivas das doutrinas religiosas —será impossível ajudá-la a encontrar o verdadeiro caminho para a Luz.

Para alguém cuja centelha espiritual foi extinta, nada pode ser explicado, porque o intelecto sempre encontrará um novo argumento lógico.

  1. Outra armadilha é o humanismo, que sequestra a verdadeira tendência inata do espírito para o idealismo e a torce numa tendência radical para ideais falsos e puramente mundanas, como por exemplo: o feminismo, os protestos por direitos de imigração, a liberdade para definição de gênero, a democracia, e finalmente a luta para preservar todas as distorções do velho mundo sob a bandeira de sermos “pessoas boas”.

Portanto, nosso espírito deve permanecer muito vigilante para distinguir entre as mentiras e a Verdade, entre as Trevas e a Luz.

O fato é que a Luz e a Verdade nos empurram na direção de um despertar, visando a salvação do espírito, mesmo desagradando o nosso ego. As mentiras e as Trevas, por outro lado, fazem exatamente o oposto.

Mas como a humanidade está presa, afundada nas trevas e mentiras, sem sofrimento extremo não será possível despertar o espírito.

Isto acontece porque, enquanto as nossas vidas decorrem sem problemas, continuamos a pensar que estamos vivendo vidas maravilhosas cheias de Luz, e não perceberemos que na verdade, a cada dia que passa, afundamo-nos cada vez mais, e isso é a cortesia oferecida pelas Trevas!

Lembrem-se: Tudo o que não impulsiona e nem faz o espírito avançar em direção à Luz são trevas, e é aí que o mal é criado!

Isto acontece porque o único propósito da nossa existência é nos desenvolvermos, de um espírito inconsciente para um espírito consciente, e regressarmos à nossa casa, o Paraíso —mas não ver o mundo material como o propósito da nossa vida. Pois esse não é o propósito, mas sim apenas um meio!

Portanto, a questão é: para nós, quem é mais importante salvar —o nosso espírito ou o nosso ego?

Em cada palestra que dou, faço um chamado aos homens e mulheres cujos espíritos fortes anseiam pela liberdade e pela Luz, pois vocês são a liderança espiritual do novo mundo, e só vocês têm o poder de extinguir as Trevas!

O seu espírito procurou a Verdade durante toda a sua vida, por isso dê-lhe força e lute contra o seu ego que tenta semear dúvidas dentro de si, impedindo-lhe de cumprir o que prometeu há milhares de anos —muito antes da sua encarnação atual!

O seu espírito conhece a Verdade, mesmo que o seu intelecto não a compreenda.

Portanto, fica óbvio a razão para esse conflito que surge especificamente dentro de você, dentre todas as pessoas, quando você ouve a Verdade.

Este é o conflito entre o seu espírito e o seu ego!

Esta é a verdadeira e única guerra que não pode terminar na derrota do espírito e na vitória do intelecto e das emoções!

Portanto, não seja teimoso! Não insista em se atar a tudo que você aprendeu sob a cúpula esotérica —à qual todas as religiões, cultos e métodos da Nova Era estão ligados— e concorde em começar tudo de novo, porque este é o espírito da era em que vivemos:

Tudo deve se tornar novo!

Você já sabe quem é a fonte da “vontade própria do saber melhor” e da teimosia, por isso não insista em caminhar nas pegadas dele e em servi-lo.

O ego insiste sempre em ter razão!

Em contraste, o espírito nunca é teimoso. Ele é sempre flexível e está pronto para aprender coisas novas e para admitir erros.

Portanto, aquele que escolhe hoje —nestes tempos em que nós vivemos— aproveitar esta oportunidade final para embarcar no caminho do desenvolvimento da sua consciência espiritual, é como a pessoa que embarca no último barco que parte de um cais.

Contudo, mesmo que a viagem seja longa e o navio seja lento a chegar ao seu destino, ela ainda pode desfrutar de uma sensação de segurança e alegria —sabendo que já partiu em direção à sua salvação.

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Sábado, 2 de agosto de 2025, às 20:30 Horário de Israel

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