A história do Êxodo do Egito ocorreu de fato e, além disso, muitos símbolos e sabedorias foram tecidos nela, que por sua vez podem esclarecer a razão do estado atual em que se encontra a humanidade.
***
Submissão à escravidão como símbolo do deixar-se subjugar pelo princípio da tentação.
Como foi que os israelitas, que faziam parte da classe alta da sociedade egípcia na época de José, se tornaram escravos?
Os antigos escritos judeus respondem a esta pergunta com a seguinte história:
O Faraó instigou os israelitas dizendo o seguinte: “Por favor, unamos as nossas forças. Usemos os tijolos para construir conjuntamente!” Os israelitas ficaram tão entusiasmados e impressionados com o exemplo pessoal do Faraó, que se apressaram com todo o seu vigor a unirem-se a ele. Até que, no final do dia, o Faraó posicionou mestres de obras para supervisioná-los, e instruiu os tais: “– Contem e calculem o número de tijolos que foram utilizados durante o dia, e essa será a quota que os israelitas deverão alcançar a cada dia!”
A moral dessa história é que os israelitas se submeteram à escravidão por se deixarem cair em tentação.
Geralmente, nos submetemos à escravidão como resultado de um render-se à tentação, e não necessariamente porque isso foi forçado sobre nós.
Desde o princípio, na história do Jardim do Éden, podemos ver que o plano da serpente seguia o princípio da tentação, e essa ainda é precisamente a estratégia das trevas nos tempos atuais.
As trevas não coagem abertamente nada nem ninguém, mas, astutamente, elas seduzem as pessoas a entrarem na prisão da matrix, onde as liberdades democráticas e econômicas, aparentemente, existem. Mas, em realidade, trata-se de uma prisão para o espírito humano.
A submissão voluntária à escravidão acontece por meio do controle mental que se manifesta fortemente através de todos os tipos de mídia.
Aquele que controla a mente das pessoas consegue transformá-las em seus súditos, e as controla sem necessidade de usar nenhuma força. Padrões mentais são implantados e nutridos por meio de lavagem cerebral sistemática. Eles resultam em reações emocionais que, por sua vez, geram as ações desejadas.
Quem consegue hoje evitar os tentáculos das trevas, que agarram e prendem através de todos os tipos de mídia?
Apenas aqueles que não estão espiritualmente inativos e que ainda conseguem pensar de modo independente e livre.
Finalmente, depois de algum tempo, a doçura da tentação, que levou ao estado de escravidão, se torna em amargura.
Aqui estão alguns exemplos desse tipo de mudança em nossas vivências:
Depois de sermos tentados a fazer compras desnecessárias com o cartão de crédito, o débito se transforma em obrigação que precisa ser saldada.
Depois de sermos tentados a buscar um diploma superior ou uma carreira, não por termos amor a isso, mas para satisfazer nossos pais (para que se orgulhem e digam, “meu filho é um doutor, um advogado, um engenheiro”) , a sensação de vazio e de arrependimento sempre chega.
Depois de sermos tentados a nos casar com alguém considerado “de sucesso” pela sociedade, que não é nossa alma gêmea, uma grande tristeza também nos acometerá.
As consequências desastrosas da tentação de consumir qualquer substância viciante, para escaparmos da dor ou para obter prazer momentâneo, também chegam com certeza.
***
O Egito era um local onde não apenas o corpo era escravizado, mas também o espírito se tornava prisioneiro e, quando o espírito se encontra submetido, ele clama por auxílio:
“… e os filhos de Israel gemiam em razão da servidão, e clamaram, e o seu clamor chegou até Deus em razão de sua servidão.” (Êxodo 2:23)
A Luz é misericordiosa. Misericordiosa e abundante em graças. Desde o início da humanidade até o Final dos Tempos, a Luz tem ajudado e continuará ajudando os espíritos humanos quando um pedido genuíno tenha sido feito com sinceridade.
“E Deus ouviu o seu gemido…” (Êxodo 2:24)
Manifestações pacíficas de fumadores de maconha, nem manifestações violentas com cartazes de protesto não teriam ajudado os israelitas a conquistarem sua liberdade, nem a escaparem do Faraó e do Egito. Assim também hoje nada disso ajudam os indivíduos a escaparem dos modernos faraós, os manipuladores das marionetes da matrix.
Primeiramente, os israelitas precisavam entender que nenhuma salvação viria de uma fonte terrena. Somente então, que quando o sofrimento e a necessidade são extraordinários, o auxílio de Deus está mais próximo que nunca!
O auxílio sempre chega através dos mensageiros que mostraram e que mostrarão o caminho correto na direção da salvação para aqueles que estavam e que estarão prontos para ouvir e implantar as instruções vindas da Luz, apresentadas pelos mensageiros.
***
Moisés foi escolhido para liderar os israelitas, enquanto a consciência deles mudava do nível de escravos no Egito para a de um povo livre na Terra Prometida.
Na narrativa da história da vida de Moisés, conforme descrita na Bíblia, fica claro que a Luz o preparou cuidadosamente para aquela função.
O destino do indivíduo está gravado e codificado no nome que ele porta. Em hebreu, o nome Moisés significa extrair ou resgatar, e isso sugere que, desde o seu nascimento, a Luz o destinou para a função daquele que resgata, que extrai os israelitas do Egito.
Moisés cresceu na casa do Faraó, portanto ele adquiriu pessoalmente conhecimentos sobre o inimigo que deveria confrontar mais tarde.
Depois que Moisés deixou o Egito para viver em Midiã, ele se tornou um pastor e passava muitas horas sozinho no deserto. É possível que durante esses períodos ele recebia treinamento adicional para prepará-lo como o pastor do rebanho de Deus, sendo transformado de pastor a um vidente. No entanto, o véu foi removido dos olhos de Moisés apenas quando ele encontrou a salsa ardente, que simboliza o chamado e a preparação de um indivíduo para servir à Luz.
Trata-se de um evento poderoso e transformador que acontece no íntimo.
A centelha espiritual que existe no espírito de cada convocado ou escolhido, torna-se uma chama ardente que torna a pessoa incapaz de fazer qualquer coisa que não seja se ajoelhar e dizer: “Aqui estou!” Em outras palavras, eu tomo a minha posição e cumpro o meu chamado.
É muito importante mencionar que aquele que é chamado para servir à Luz não sai por aí a procura de seu chamado, nem busca o cumprimento da sua missão, mas, em vez disso, o chamado ou a missão o encontra no momento certo!
Em outras palavras, é o espírito humano que é chamado para a missão, não o ego que está à procura disso.
A Luz sempre busca e almeja homens e mulheres que possuem certas qualidades que possibilitarão sua ancoragem neles, e por meio deles ela propaga a sua palavra.
Uma dessas qualidades, a humildade, é muito buscada pela Luz, pois a pessoa humilde é, em essência, como um receptáculo vazio para receber a Luz, que se encontra pronto para ser preenchido por ela.
Por outro lado, o arrogante mantém a glória toda para si mesmo, e está tão cheio de si que não é capaz de receber mais nada.
A humildade também possibilita que o espírito se torne mais leve e ascenda até esferas mais altas de modo a assimilar delas a iluminação que, frequentemente, é difícil de ser expressa em palavras. A Bíblia descreve Moisés como possuidor dessas duas qualidades:
“Pois Moisés era um homem muito humilde, mais humilde do que qualquer pessoa na face da Terra.” (Números 12:3)
“… eu não sou um homem eloquente, nem de ontem nem de anteontem, nem ainda desde que tens falado ao teu servo. Eu sou pesado de boca e pesado de língua.” (Êxodo 4:10)
No entanto, na fase de preparação, Moisés ainda não se via na posição de liderança. De fato, ele se apresentou imediatamente para o chamado da Luz dizendo “Aqui estou!” Entretanto, no início, ele duvidou que conseguiria cumprir sua grandiosa e dupla missão: Não apenas confrontar o Faraó, mas também liderar todos os israelitas para fora do Egito.
A resposta que ele recebeu de Deus foi “Eu estarei com você” (Êxodo 3:12).
Essa é a promessa de que o convocado não precisa confiar apenas na sua própria força, mas que ele precisa apenas se abrir e confiar no auxílio e na força da Luz, para que possa cumprir a sua missão.
Mas, Moisés continuava duvidando. Curiosamente, ele não duvidou da sua capacidade de derrotar o Faraó, mas sim em sua capacidade de conquistar a confiança dos israelitas.
“Moisés respondeu, ‘Mas eis que não me crerão, nem ouvirão a minha voz, porque dirão: ‘O Senhor não te apareceu’?’” (Êxodo 4:1)
Isso porque é mais fácil confrontar as trevas do que fazer com que as pessoas entendam que elas podem derrotar as trevas!
O mais difícil para as pessoas é alterar a própria consciência, e esse é problema que todos os profetas e mensageiros precisaram enfrentar.
Por isso, os escritos antigos consideraram que era mais fácil tirar os israelitas do Egito do que tirar deles a mentalidade de escravo. Da mesma forma hoje, nós podemos dizer com certeza que é mais difícil formar o novo ser humano do que construir o novo mundo.
No entanto, a Luz resolveu as dúvidas adicionais de Moisés concedendo a ele a capacidade de realizar sinais e maravilhas que uma pessoa comum, simplesmente, não seria capaz, para que os israelitas acreditassem que ele não estava mentindo.
Esse dom, em sua essência, é a capacidade de se comunicar com os seres elementais.
Esses seres, que atuam em conexão com os quatro elementos: terra, água, fogo e ar, são os guardiões e mantenedores da Criação como um todo. Durante o êxodo, eles auxiliaram Moisés tanto a destruir o mal e o errado, quanto a constituir o correto e bom.
***
De acordo com o plano da Luz, o Faraó se negou a permitir que os israelitas deixassem o Egito. O propósito disso era fazer com que ambos, os egípcios e os israelitas, obtivessem uma convicção sobre quem é o Senhor do mundo:
“Eu endurecerei o coração do Faraó.” (Êxodo 7:3)
No entanto, como explicado anteriormente sobre o simbolismo da Torre de Babel, é apenas da perspectiva do nível menos desenvolvido de consciência que a punição é imposta pessoalmente por Deus. De uma perspectiva de nível mais elevado de consciência, o Faraó atraiu para si a punição de forma automática, de acordo com as Leis da Criação.
Como?
Durante os pontos de virada, em toda a história da humanidade, a Luz sempre apenas aumenta a sua força.
Esse aumento de força se manifesta por um aumento de pressão. Podemos comparar esse, ao processo de produção de azeite de oliva, que exige as fases de moagem, prensa e separação.
Sob a pressão que aumenta continuamente, tudo o que se encontra profundamente oculto dentro de cada pessoa é revelado, e assim cada pessoa atrai para si o seu próprio julgamento.
Foi assim que a maldade do Faraó veio à tona, o que dessa forma atraiu a sua própria queda. De forma similar, é assim que a maldade dos protagonistas da Nova Ordem Mundial está sendo exposta, e eles estão atraindo a ruína sobre si mesmos.
No entanto, durante os Dias do Julgamento Final, o tempo do Grande Julgamento de toda a humanidade, não apenas as maldades do mundo são expostas sob o holofote, mas também de cada uma e de todas as pessoas.
Tudo está sendo iluminado e será exposto.
A grande exposição das almas de todos os seres humanos não permitirá que nada permaneça oculto, nem que o ego permaneça oculto sob os seus disfarces.
Assim ocorreu durante o Êxodo do Egito, o mundo interior do Faraó foi exposto.
Ele poderia ter escolhido entre alinhar-se com a Luz ou ser golpeado pelas pragas!
A insistência cega do Faraó, de buscar a manifestação da sua própria vontade, que claramente se opunha à Vontade da Luz, simboliza a teimosia íntima que repousa no ego do ser humano.
Todos nós temos a oportunidade de nos alinharmos jubilosamente com a Vontade da Luz, mas, muito frequentemente, nós preferimos dar ouvidos ao nosso ego e sermos golpeados pelas pragas.
Todos nós sabemos qual foi a escolha do Faraó.
A sua vida foi ceifada pelo afogamento, pois ele ordenou o afogamento dos filhos de Israel. A Lei de Causa e Efeito, a Lei do Carma, nunca falha.
A questão é se nós, como humanidade, internalizaríamos a lição e deixaríamos os caminhos tortuosos do sofrimento, quando a Luz sempre nos mostra um caminho diferente para compreender as lições necessárias na jornada até a maturidade espiritual.
***
A Vontade de Deus se manifesta nas Leis da Criação, e também como Leis Naturais.
Essas leis são perfeitas porque foram estabelecidas pelo Criador.
Elas funcionam de modo impecável, sem falhas e harmoniosamente, pois a perfeição, por definição, exige coerência absoluta, pois aquilo que não apresenta coerência absoluta não pode ser divino.
Portanto, mesmo as dez pragas que afligiram o Egito não poderiam ser um fenômeno não natural, em vez disso elas se manifestaram através da utilização de fenômenos naturais no momento certo e em escala muito mais ampla do que usualmente, para que o efeito desejado fosse alcançado, o que pode ser denominado de milagre.
Em outras palavras, milagre não é um evento que acontece contrariando as leis naturais, mas ele acontece de modo extremamente acelerado, ou no momento preciso, por meio de pessoa que recebeu capacidades especiais ou outros meios.
Por exemplo, a praga do sangue não significa que a água se transformou realmente em sangue, mas, em vez disso, a água se transformou para ter a aparência de sangue. Esse fenômeno da água avermelhada pode ocorrer, de vez em quando, no Nilo devido ao florescimento de algas que contém toxinas que podem causar danos e tornar a água não-potável.
Da mesma forma, a praga dos sapos também é um fenômeno natural possível de acontecer no Egito. A cada ano, quando as águas do Nilo baixam, o número de sapos aumenta bastante.
Da mesma forma, a separação das águas do Mar Vermelho aconteceu de acordo com as leis naturais. Trata-se de um fenômeno comum que envolve as marés, onde as águas do Mar Vermelho penetram na areia abaixo e, de repente, a água começa a subir e jorrar da areia que estava até então seca. Durante um período curto, a areia se torna úmida e lamacenta, e conforme a água continua a subir, uma camada de água pode cobrir a areia, até que finalmente a área toda é coberta de água.
Isso aconteceu uma vez com Napoleão I, que estava visitando a região e caminhou pela areia sem dificuldades em uma direção, mas quando retornava, descobriu que o mesmo caminho se encontrava embaixo da água e havia se tornado perigoso de atravessar. Do mesmo modo, isso acontece com turistas nos tempos atuais, que acabam sendo resgatados por embarcações, devido à maré alta, no mesmo lugar onde eles haviam caminhado sem problemas algumas horas antes.
O contrário ocorre durante a maré baixa no Mar Vermelho. A água que cobre a areia começa a penetrar e desaparecer, e o local que estava coberto de água algumas horas antes, de repente parece ser terra seca.
Assim, todos os milagres que ocorreram durante o êxodo do Egito, não apenas não contradizem as leis naturais, que são uma e as mesmas Leis da Criação, mas, de fato, elas foram utilizadas pelos seres enteais.
***
Mas, não devemos nos adiantar muito.
Depois que o Faraó e o Egito foram afligidos pelas pragas, os israelitas foram finalmente libertados da escravidão e escaparam do Egito.
No entanto, segundo interpretações do texto hebreu, apenas um em cada cinco, ou um em cinquenta, ou um em quinhentos israelitas aceitou essa oportunidade. Em porcentagem, isso significa que apenas 0,5 % a 20 % deles deixou o Egito!
Essas porcentagens se repetem durante toda a história da humanidade, e em especial nos tempos atuais:
Todos conseguem sentir os problemas à espreita e o desastre iminente, que levam a uma angústia crescente. Muitos entendem que são escravos do sistema, mas poucos se atrevem a se colocarem contra os sistemas da matrix, e menos ainda são capazes de apresentar uma alternativa. Aparentemente, apesar do que muitos pensam, não é fácil ser livre.
Porque liberdade não é sinônimo de despreocupação. Em outras palavras, liberdade não significa “poder fazer tudo o eu que quero, e sempre que eu queira”.
A liberdade está associada à tomada de responsabilidade porque liberdade e responsabilidade são dois lados de uma mesma moeda.
Apenas os seres humanos receberam a liberdade de escolha, e é por isso que maior a liberdade de uma pessoa, maior é a responsabilidade que ela assume.
Portanto, é bem mais fácil ser um escravo.
Reclamar, e continuar a obedecer.
Reduzir a existência humana a, meramente, um espaço de sobrevivência, e nutrir o contínuo estado de medo.
Você pode encontrar muitos livros e seminários de autoajuda, que são vendidos por prometerem a tão buscada “liberdade”, mas, dificilmente você encontrará algum que prega a tomada de responsabilidade. A palavra “responsabilidade” não é amplamente popular, nem se encontra na ponta da língua, e dessa forma não faz nem parte do nosso vocabulário. No entanto, sem responsabilidade, não existe a verdadeira liberdade.
Isso é o que já aconteceu no Egito.
O sofrimento era grande, o auxílio foi enviado por meio de um mensageiro que trouxe um plano excepcional de salvação, mas, apenas alguns decidiram partir levando apenas o essencial.
Levar apenas o essencial simboliza a maneira correta de realizar esse êxodo: sem apegos e com uma bagagem mínima do passado.
A maioria das pessoas vivem suas vidas atadas a coisas sem valor, se comparadas à sua liberdade.
Portanto, apenas alguns poucos tinham a vontade e foram capazes de deixar para trás o maldoso, embora familiar, Egito, em troca do desconhecido na Terra Prometida.
Contudo, é impossível ajudar àquele que não quer ajudar a si mesmo.
É impossível argumentar com alguém que escolhe tapar os ouvidos.
É inútil estender a mão para alguém que escolhe retrair a sua.
Assim acontece porque as Leis da Criação sempre permitem a cada pessoa a liberdade de escolha.
***
O problema da humanidade nunca foi as trevas. Em vez disso, é a própria humanidade que se nega a se alinhar com as Leis da Criação para receber todo auxílio e bençãos que a Luz destinou para ela!
A prova irrefutável dessa natureza humana é apresentada na Bíblia onde estão descritos os acontecimentos ocorridos depois que o Faraó e seu exército se afogaram no Mar Vermelho.
Aparentemente, depois que as trevas foram finalmente e absolutamente derrotadas, todos os problemas deveriam ter desaparecido. Na realidade, todos os verdadeiros problemas começaram a se mostrar a partir daí:
“Disseram a Moisés: “Foi por falta de túmulos no Egito que você nos trouxe para morrer no deserto? O que você fez conosco, tirando-nos de lá? Já não lhe tínhamos dito no Egito: Deixe-nos em paz! Seremos escravos dos egípcios! Antes ser escravos dos egípcios do que morrer no deserto! ” (Êxodo 14:11-12)
Disseram-lhes os israelitas: “Quem dera a mão do Senhor nos tivesse matado no Egito! Lá nós nos sentávamos ao redor das panelas de carne e comíamos pão à vontade, mas vocês nos trouxeram a este deserto para fazer morrer de fome toda esta multidão! ” (Êxodo 16:3)
Qual foi a consequência disso?
- Reclamações sem fim, apesar de todos os milagres e maravilhas.
- Terrível ingratidão contra Moisés que sacrificou completamente a sua vida para cumprir sua elevada missão de levar os israelitas da escravidão para a liberdade.
- E o pior de tudo, a dúvida e a desconfiança contínua contra o Criador. Um exemplo notável foi o Bezerro de Ouro.
Supostamente, os israelitas poderiam ter chegado rápido e facilmente à Terra Prometida. Na realidade, foram quarenta anos vagando no deserto, pois a Luz entendeu que enquanto não houvesse uma mudança de nível de consciência nos escravos, não havia razão para se falar em um povo livre na Terra Prometida.
O plano original da Luz era alcançar rapidamente a Terra Prometida. O plano alternativo se estendeu por quarenta anos.
O deserto é o lugar onde os israelitas foram orientados a se transformarem no íntimo, do estado de escravidão para o estado de liberdade, já que apenas as pessoas livres podem passar pelos portões da Terra Prometida para construí-la.
A jornada pelo deserto também simboliza o lugar onde a transformação acontece.
Além disso, nem todos os israelitas conseguiram sobreviver e cruzar o deserto.
A Bíblia nos diz que alguns, daqueles que caminharam pelo deserto, morreram porque não queriam uma transformação interior.
Também no momento presente, nem todos aqueles que foram capazes de reconhecer as mentiras e as falsidades da matrix serão capazes de se postarem entre aqueles que construirão o novo mundo.
Pois o novo mundo será construído apenas por aqueles seres humanos que completaram o processo de purificação íntima e se alinharam com as Leis da Criação. Apenas um novo ser humano pode construir um novo mundo.
***
O Monte Sinai e os Dez Mandamentos.
O maior tesouro e fonte contínua para o desenvolvimento espiritual foram concedidos aos israelitas como leis, na forma dos Dez Mandamentos.
(Nós ampliaremos os esclarecimentos, em palestras futuras, sobre o significado universal e eterno dessas leis.)
O acontecimento no Monte Sinai não foi apenas um marco histórico, mas é também simboliza o modo como a Luz nos envia mensagens.
Apenas Moisés podia subir até o topo da montanha.
O significado espiritual por trás disso é que só ele possuía uma frequência vibracional alta o suficiente para poder receber as mensagens da Luz. Apenas ele possuía um receptáculo adequado para receber da Luz.
O restante do povo recebeu a ordem de permanecer aos pés da montanha, e foi rigorosamente alertado a ser manter afastado da montanha!
O significado espiritual por trás dessa ordem é que as tentativas de receber vibrações de frequência elevada, por aqueles que não estão adaptados para recebê-las, só causariam confusão, dissensão, heresia, loucura e, em casos extremos, até a morte.
Moisés, como todos os líderes espirituais, necessitava do isolamento no topo da montanha para poder absorver as radiações elevadas da Luz, que então ele teria de transmitir utilizando-se de palavras equivalentes ao nível de consciência e aos receptáculos da sua audiência, para que eles pudessem compreender:
“Quando Moisés desceu do Monte Sinai com as duas tábuas da Lei da aliança em suas mãos, ele não sabia que a sua face estava radiante, pois ele havia falado com o Senhor. Quando Aarão e todos os israelitas viram Moisés, sua face estava radiante, e eles ficaram com medo de se aproximar dele. Mas, Moisés os chamou; então Aarão e todos os líderes das comunidades vieram até ele, e ele falou com eles. Depois disso todos os israelitas se aproximaram dele, e ele apresentou a eles os mandamentos que o Senhor havia concedido a ele no Monte Sinai. Quando Moisés terminou de falar com eles, ele colocou um véu sobre a sua face. Mas, sempre que ele estava na presença do Senhor para conversar com ele, ele retirava o véu até que ele saísse. E quando ele saiu e falou aos israelitas aquilo que lhe havia sido ordenado, eles viram que seu rosto estava radiante. Então Moisés colocava novamente o véu sobre sua face, até que voltasse a falar com o Senhor.” (Êxodo 24: 29-35)
Em hebreu, a palavra “radiação” e a palavra haste do chifre têm a mesma raiz. Por isso Moisés era mostrado na arte europeia como tendo chifres, quando, de fato, a Bíblia descrevia a aura que radiava da sua face e testemunhava sobre a sua proximidade única de Deus, com que ele foi abençoado.
A maioria das pessoas não possui o privilégio dessa proximidade e, portanto, intuitivamente se espanta com a aura de uma dessas pessoa.
Eles também não conseguiam entender suas mensagens, a menos que ele cobrisse sua face com o véu.
O véu simboliza a habilidade de transmitir as instruções da Luz, de forma que o povo possa entendê-las.
Todos os líderes espirituais necessitam dessa capacidade para transmitir as mensagens da Luz de acordo com os diferentes níveis de consciência das pessoas no plano terreno do mundo material.
No entanto, quando Moisés subia novamente ao topo da montanha, no domínio da Luz, onde o júbilo eterno existe, ele podia remover o véu e receber da abundância da Luz.
***
O curriculum da Alma Escola para a Humanidade (ASFH) é baseado no modelo estabelecido no Monte Sinai.
Ele transmite a todas as pessoas, seja ele ou ela quem forem, o Elevado Conhecimento que foi concedido para a humanidade no período dos Dias do Julgamento Final – o período em que todos nós precisamos alcançar o ápice do nosso desenvolvimento como espíritos humanos.
Você está convidado a subir até o topo da montanha conosco!
Copyright©2023 All rights reserved.