A história do Êxodo do Egito realmente ocorreu historicamente; no entanto, muitos símbolos e saberes também estão entrelaçados nela, o que pode lançar luz sobre a situação atual da humanidade.
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Submissão à escravidão como símbolo do deixar-se subjugar pelo princípio da tentação.
Como foi que os israelitas, que faziam parte da classe alta da sociedade egípcia nos dias de José, se tornaram escravos?
Escritos judaicos antigos respondem a esta pergunta com a seguinte história:
O Faraó instigou os israelitas dizendo: “Por favor, vamos unir forças. Vamos pegar tijolos e construir juntos!” Os israelitas ficaram tão empolgados e impressionados com o exemplo pessoal do Faraó, que se apressaram com toda a sua força e vigor para se juntar a ele. Até que, ao final do dia, o Faraó posicionou capatazes egípcios para supervisioná-los e instruiu os tais a: “Contem e calculem o número de tijolos que foram feitos naquele dia, pois essa será a cota que os israelitas terão que alcançar todos os dias!”
A moral dessa história é que os israelitas se submeteram à escravidão por causa da tentação.
Em geral, caímos na escravidão como resultado de nos rendermos à tentação, e não necessariamente porque ela nos é imposta.
Já na história do Jardim do Éden, vemos que o plano da serpente seguiu o princípio da tentação, e esta é precisamente também a estratégia das trevas nos tempos atuais.
As trevas não coagem abertamente a nada nem ninguém, mas atrai astutamente as pessoas para entrarem na prisão da matrix, onde, aparentemente, existem democracia e liberdade econômica; no entanto, na realidade, trata-se de uma prisão para o espírito humano.
A submissão voluntária à escravidão acontece por meio de controle mental, que se manifesta fortemente através de todas as formas de mídia.
Aquele que controla as mentes das pessoas é capaz de transformá-las em súditos e controlá-las sem a necessidade de usar nenhuma força. Através de lavagem cerebral sistemática, padrões de pensamento são implantados e nutridos, o que leva a respostas emocionais que, por sua vez, geram a ação desejada.
Quem consegue evitar os tentáculos das trevas, que agarram e seguram através de todas as formas de mídia?
Apenas aquele que não é indolente em espírito e que ainda consegue pensar de forma independente e livre.
FInalmente, após algum tempo, a doçura da tentação que levou ao estado de escravidão se transforma em amargura.
Aqui estão alguns exemplos desse tipo de mudança em nossas próprias vidas:
Depois que fomos instigados a fazer compras desnecessárias com cartão de crédito, o pagamento se tornará uma obrigação exigível.
Depois que fomos levados a buscar um diploma universitário ou uma carreira, não por amor a ela, mas para agradar nossos pais (para que eles possam se orgulhar e dizer, “meu filho é médico, advogado, engenheiro”), virá o sentimento de vazio e arrependimento.
Após ser instigado a se casar com um cônjuge que a sociedade considera “bem-sucedido”, mas que não é a verdadeira alma gêmea, uma grande tristeza nos acometerá.
As consequências desastrosas da tentação de consumir quaisquer substâncias viciantes, para escapar da dor ou obter um prazer momentâneo, certamente virão.
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O Egito era um lugar que não apenas escravizava o corpo, mas também aprisionava o espírito, e quando o espírito está em cativeiro, ele clama por auxílio:
“…e os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram, e o seu clamor chegou a Deus por causa da servidão.” (Êxodo 2:23)
A Luz é misericordiosa. Misericordiosa e abundante em graça. Desde o início da humanidade até o Fim dos Tempos, a Luz tem auxiliado e auxiliará o espírito humano sempre que um pedido genuíno seja feito com sinceridade:
“E Deus ouviu o seu gemido” (Êxodo 2:24)
Manifestações silenciosas de fumantes de maconha ou protestos violentos com cartazes de campanha não teriam ajudado os israelitas a conquistar sua liberdade nem a escaparem do Faraó e do Egito, assim como não ajudarão a humanidade hoje a escapar dos faraós modernos, os manipuladores da matrix.
Primeiro, os israelitas precisavam entender que a salvação não viria de nenhuma fonte terrena. Só então, quando o sofrimento e a necessidade são maiores, o auxílio de Deus está mais próximo do que nunca!
O auxílio sempre vem através de mensageiros que mostraram e mostrarão o caminho certo para a salvação àquelas pessoas que estavam e estarão prontas para ouvir e implementar as instruções da Luz, que os mensageiros apresentam.
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Moisés foi escolhido para liderar os israelitas enquanto eles mudavam seu nível de consciência, de escravos no Egito para pessoas livres na Terra Prometida.
A partir da descrição da história da vida de Moisés, como é retratada na Bíblia, fica claro que a Luz o preparou cuidadosamente para essa função.
O destino de uma pessoa está incorporado e criptografado em seu nome. O nome Moisés, em hebraico, significa extrair ou resgatar, o que sugere que desde o seu nascimento, a Luz o destinou para essa função de resgate, retirar os israelitas do Egito.
Moisés cresceu na casa do Faraó para que tivesse conhecimento pessoal do inimigo que teria que enfrentar mais tarde.
Depois que Moisés deixou o Egito para viver em Midiã, ele se tornou pastor e passou muitas horas sozinho no deserto. É bem possível que durante esse período ele tenha recebido treinamento adicional para prepará-lo para se tornar o pastor do rebanho de Deus, e transformá-lo de pastor em vidente. No entanto, o véu foi removido dos olhos de Moisés apenas quando ele encontrou a sarça ardente, que simboliza o chamado e preparação de uma pessoa para servir à Luz.
É um evento poderoso e transformador que acontece de dentro para fora.
A centelha, que existe no espírito de cada Convocado ou Escolhido, torna-se uma chama poderosa que torna a pessoa incapaz de qualquer coisa, exceto ajoelhar-se e dizer “Eis-me aqui!” Ou seja, estou assumindo meu posto para cumprir minha convocação.
É importante mencionar que aquele que é convocado para servir à Luz não sai em busca de sua convocação, nem corre atrás do cumprimento de sua tarefa, mas, sim, a convocação ou a tarefa o encontra no momento certo!
Em outras palavras, é o espírito humano que é convocado para a missão, e não o ego de alguém, que pressiona por isso.
A Luz sempre buscará e visará homens e mulheres com certas qualidades que permitirão que ela se ancore neles e, através deles, espalhe sua palavra.
Uma dessas qualidades, a humildade, é altamente procurada pela Luz, já que uma pessoa humilde, em essência, é como um receptáculo vazio para a Luz, pronto para ser preenchido.
Enquanto o arrogante mantém toda a glória para si mesmo, e está cheio de si, e assim é incapaz de receber qualquer outra coisa.
A humildade também permite que o espírito se torne mais leve e ascenda a esferas mais elevadas para assimilar delas iluminações, que muitas vezes seriam difíceis de expressar em palavras. Moisés é descrito na Bíblia como tendo essas duas qualidades:
“”Ora, Moisés era um homem muito humilde, mais do que todos os homens que havia sobre a face da terra (Números 12:3)
“…nunca fui eloquente, nem antes nem depois que falaste a teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua.” (Êxodo 4:10)
No entanto, na fase de preparação, Moisés ainda não se via como um líder. De fato, ele imediatamente atendeu à convocação da Luz dizendo “Eis-me aqui!” No entanto, no início, ele duvidou de sua capacidade de cumprir sua grande e dupla missão: Não apenas confrontar o Faraó, mas também liderar todo o povo de Israel para fora do Egito.
A resposta que ele recebeu de Deus foi “”Eu estarei contigo (Êxodo 3:12).
Esta é uma promessa de que o convocado não precisa confiar apenas em sua própria força, mas que ele precisa apenas se abrir e confiar no auxílio e na força da Luz, para que possa cumprir sua missão.
No entanto, Moisés ainda estava em dúvida. Surpreendentemente, ele não duvidou de sua capacidade de derrotar o Faraó, mas sim de sua capacidade de ganhar a confiança dos israelitas.
“”Moisés respondeu: “Mas eis que não crerão em mim, nem ouvirão a minha voz, pois dirão: ‘OSenhor não te apareceu.'” (Êxodo 4:1)
Isso porque é mais fácil derrotar as trevas do que fazer as pessoas entenderem que elas podem derrotar as trevas!
Mudar a consciência é a coisa mais difícil de as pessoas fazerem e esse é o problema que todos os profetas e mensageiros tiveram que enfrentar.
Por essa razão, escritos antigos consideravam que era mais fácil tirar os israelitas do Egito do que tirar a mentalidade de escravo dos israelitas. Da mesma forma, hoje, pode-se certamente dizer que é mais difícil formar um novo ser humano do que construir um novo mundo.
A Luz, no entanto, também resolveu a dúvida adicional de Moisés, concedendo-lhe a capacidade de realizar sinais e maravilhas que uma pessoa comum simplesmente não poderia fazer, para que os israelitas acreditassem que ele não estava mentindo.
Esse dom, em essência, é a capacidade de se comunicar com os seres elementares.
Esses seres, que são divididos entre os quatro elementos: terra, água, fogo e ar, protegem e mantêm toda a Criação. Durante o Êxodo, eles ajudaram Moisés tanto na destruição do mal e do errado quanto na construção do certo e do bom.
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De acordo com o plano da Luz, o Faraó se recusou a deixar os israelitas saírem do Egito. O propósito disso era fazer que tanto os egípcios quanto os israelitas obtivessem convicção sobre quem é o Senhor do mundo:
“Eu endurecerei o coração do Faraó” (Êxodo 7:3)
No entanto, como explicado anteriormente, no simbolismo da Torre de Babel, apenas da perspectiva de um nível menos desenvolvido de consciência, Deus pune pessoalmente. Porém, da perspectiva de nível de consciência mais elevado, o Faraó automaticamente trouxe sobre si sua punição de acordo com as Leis da Criação.
Como?
Durante os pontos de virada ao longo da história da humanidade, a Luz sempre aumentou em força.
Esse aumento de força se manifesta pelo aumento da pressão. Podemos comparar isso ao processo de produção de azeite de oliva que envolve as fases de esmagamento, prensagem e separação.
Sob a pressão sempre crescente, tudo o que está escondido no fundo de cada pessoa é exposto, e assim cada pessoa traz o Julgamento sobre si mesma.
Foi assim que a maldade do Faraó veio à tona, e dessa forma atraiu para si a própria ruína. Da mesma forma, a maldade dos protagonistas da Nova Ordem Mundial está sendo exposta, e eles trazem a ruína sobre si mesmos por suas próprias mãos.
No entanto, durante os Dias do Julgamento Final, no momento do grande Julgamento de toda a humanidade, não apenas os perversos do mundo estariam sob os holofotes, mas também cada uma e de todas as pessoas.
Tudo virá à luz e será exposto.
A grande exposição das almas de todos os humanos não permitirá que nada fique escondido, nem que o ego se esconda atrás de qualquer disfarce.
Assim aconteceu durante o Êxodo do Egito quando o mundo interior do Faraó foi exposto.
Ele podia ter escolhido entre se alinhar com a Luz ou ser golpeado por pragas!
A insistência do Faraó em perseguir cegamente sua própria vontade, que claramente se opunha à Vontade da Luz, simboliza a teimosia inerente que reside no ego humano.
Todos nós temos a opção de nos alinhar alegremente com a Vontade da Luz, mas na maioria das vezes escolhemos ouvir o nosso próprio ego e sermos golpeados por pragas.
Todos sabem qual foi a escolha do Faraó.
Sua vida foi ceifada por afogamento, pois ele ordenou o afogamento dos filhos dos israelitas. A Lei de Causa e Efeito, a Lei do Carma, nunca falha.
A questão é se nós, como humanidade, internalizaríamos a lição e abandonaríamos o caminho tortuoso do sofrimento, quando a Luz sempre nos mostra uma maneira diferente de compreender as lições necessárias na jornada em direção à nossa maturidade espiritual.
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A Vontade de Deus se manifesta nas Leis da Criação, também conhecidas como Leis da Natureza.
Como essas leis foram estabelecidas pelo Criador, elas são perfeitas.
Elas funcionam de forma impecável, infalível e perfeita, pois a perfeição, por definição, requer absoluta coerência, enquanto aquilo que n’ao apresenta coerência absoluta não pode ser divino.
Portanto, mesmo as dez pragas que afligiram o Egito não foram fenômenos antinaturais, mas sim, ocorreram por meio da utilização de fenômenos naturais no momento certo e em uma escala muito mais ampla do que a habitual, para criar o efeito desejado, o que pode ser chamado de milagre.
Ou seja, milagre não é um evento que acontece contrariando as Leis da Natureza, mas que se desenvolve extremamente rápido ou no momento perfeito por meio de pessoa a quem foi concedido poder especial, ou por outros meios.
Por exemplo, praga do sangue não significa que a água se transformou realmente em sangue, mas sim que a água se transformou para ter a aparência de sangue. Esse fenômeno de água avermelhada pode ocorrer às vezes no Nilo devido à proliferação de algas vermelhas, que contêm uma toxina que pode ser nociva e, portanto, torna a água imprópria para beber.
Da mesma forma, a praga das rãs também é um fenômeno naturalmente possível no Egito. A cada ano, à medida que as águas da inundação do Nilo recuam, o número de rãs aumenta enormemente.
Da mesma forma, a abertura do Mar Vermelho aconteceu de acordo com as Leis da Natureza. É um fenômeno comum que durante a maré, a água do Mar Vermelho se infiltre pela areia subterrânea e, de repente, a água comece a subir e jorrar da areia que antes estava seca. Durante um período muito curto, a areia se torna húmida e lamacenta, e à medida que a água continua a subir, uma camada de água cobre a areia, até que, finalmente, toda a área fica coberta pela água.
Isso aconteceu uma vez com Napoleão I, que estava visitando a área e caminhou pela terra sem dificuldade em uma direção; no entanto, quando voltou, descobriu que o mesmo caminho estava submerso e havia se tornado perigoso de atravessar. Da mesma forma, o mesmo aconteceu com turistas nos tempos atuais, que tiveram que ser resgatados de barco devido às águas altas, do mesmo lugar por onde caminharam a pé apenas horas antes.
O oposto acontece durante a maré baixa no Mar Vermelho. A água que cobre a areia se infiltra até desaparecer, e o lugar que horas antes estava coberto de água, de repente parece ser terra seca.
Assim, todos os milagres que aconteceram durante o êxodo do Egito, não só não contradiziam as Leis da Natureza, que são as mesmas que as Leis da Criação, mas, de fato, essas leis foram usadas pelos Seres Elementares.
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Mas não devemos nos adiantar muito.
Depois que o Faraó e o Egito foram atingidos pelas pragas, os israelitas finalmente puderam se libertar da escravidão e escapar do Egito.
No entanto, de acordo com antigas interpretações do texto hebraico, apenas um em cinco, um em cinquenta, ou um em quinhentos israelitas escolheu aproveitar essa tremenda oportunidade. Em termos percentuais, significa que apenas entre 0,5% a 20% deles optaram por deixar o Egito!
Essas porcentagens se repetem ao longo da história da humanidade, e especialmente nos tempos atuais:
Todos conseguem sentir o problema iminente e a desgraça pendente, que levam a uma angústia crescente. Muitos entendem que são escravos do sistema, mas poucos ousam ir contra os sistemas da matrix, e ainda menos são capazes de apresentar uma alternativa. Parece que, apesar do que muitos pensam, ser livre não é uma tarefa fácil.
Porque liberdade não é sinônimo de despreocupação. Ou seja, liberdade não significa “fazer o que eu quero, quando eu quero”.
A liberdade está associada à tomada de responsabilidade pois liberdade e responsabilidade são os dois lados da mesma moeda.
Apenas aos seres humanos foi concedida a liberdade de escolha, e é por isso que quanto mais liberdade uma pessoa tem, maior será a responsabilidade que ela deve assumir.
Portanto, é muito mais fácil ser um escravo.
Reclamar, mas continuar a obedecer.
Reduzir a existência humana a um espaço de mera sobrevivência e alimentar o estado contínuo de medo.
Você pode encontrar muitos livros e seminários de autoajuda, que se promovem prometendo a tão cobiçada “liberdade”, mas dificilmente encontrará algum que prega a tomada de responsabilidade. A palavra “responsabilidade” não é muito popular, nem se encontra na ponta da língua, e como tal nem faz parte do nosso vocabulário. No entanto, sem responsabilidade não existe verdadeira liberdade.
Foi isso que já aconteceu no Egito.
O sofrimento era grande, a ajuda foi enviada através de um mensageiro que portava um plano de salvação magistral, mas apenas poucos decidiram partir com bagagem leve e deixar tudo para trás.
Levar uma bagagem leve também simboliza a maneira correta de realizar esse êxodo: sem apegos e com uma bagagem mínima de passado.
A maioria das pessoas vive suas vidas apegadas a coisas sem valor, se comparadas com a sua liberdade.
Portanto, apenas poucos estavam dispostos e foram capazes de deixar para trás o maligno, embora familiar, Egito, em troca do desconhecido na Terra Prometida.
No entanto, é impossível ajudar quem não quer se ajudar.
É impossível argumentar com alguém que escolhe tapar os ouvidos.
É impossível oferecer a mão amiga a alguém que escolhe retirar a sua.
Isso é assim porque as Leis da Criação sempre permitem a cada indivíduo a liberdade de escolha.
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As trevas nunca foram o problema da humanidade. Pelo contrário, é a própria humanidade que se recusa a se alinhar com as Leis da Criação para receber toda a ajuda e bênçãos que a Luz destinou para ela!
A prova incontestável dessa natureza humana é o que a Bíblia nos conta que aconteceu depois que o Faraó e seu exército se afogaram no Mar Vermelho.
Aparentemente, depois que as trevas foram finalmente e completamente derrotadas, todos os problemas deveriam ter desaparecido. Na realidade, todos os problemas reais só então começaram a se mostrar:
“E disseram a Moisés: Foi por falta de sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos fizeste isto, fazendo-nos sair do Egito? Já não lhe havíamos dito no Egito: Deixa-nos em paz! Seremos escravos dos egípcios! Pois melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrer no deserto.” (Êxodo 14:11-12)
“E os filhos de Israel lhes disseram: Quem dera tivéssemos morrido pela mão do”Senhor na terra do Egito! Lá nós nos sentávamos junto às panelas de carne, e comíamos pão até fartar! Mas nos trouxestes a este deserto, para matar de fome toda esta multidão. (Êxodo 16:3)
Qual foi a consequência disso?
- Reclamações incessantes, apesar de todos os milagres e maravilhas.
- Terrível ingratidão contra Moisés, que sacrificou toda a sua vida para cumprir a alta missão de conduzir os israelitas da escravidão à liberdade.
- E pior de tudo, a dúvida e desconfiança contínuas contra o Criador. Um exemplo notável foi o bezerro de ouro.
Supostamente, os israelitas poderiam ter chegado à Terra Prometida rápida e facilmente. Mas na realidade, foram quarenta anos de peregrinação pelo deserto porque a Luz entendeu que enquanto o nível de consciência dos escravos não mudasse, não havia sentido em se falar de um povo livre na Terra Prometida.
O plano original da Luz era chegar à Terra Prometida imediatamente. O plano alternativo se estendeu por quarenta anos.
O deserto é o lugar onde os israelitas foram orientados a se transformarem internamente de um estado de escravidão para um estado de liberdade, já que apenas pessoas livres podem passar pelos portões da Terra Prometida e construí-la.
A jornada pelo deserto também simboliza o lugar onde uma transformação ocorre.
Além disso, nem todos os israelitas foram capazes de sobreviver e atravessar o deserto.
A Bíblia nos diz que algumas das pessoas que caminharam pelo deserto morreram porque não estavam dispostas a uma transformação interior.
Também no nosso tempo atual, nem todos que foram capazes de reconhecer as mentiras e engodos da matrix serão capazes de estar entre aqueles que construirão o novo mundo.
Porque o novo mundo será construído apenas por aqueles seres humanos que completaram o processo de purificação interna e se alinharam às Leis da Criação. Apenas um novo ser humano pode construir o novo mundo.
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O Monte Sinai e os Dez Mandamentos.
O maior tesouro e a fonte de desenvolvimento espiritual contínuo para os israelitas foi concedido a eles como leis na forma dos Dez Mandamentos.
(Expandiremos sobre o significado universal e eterno dessas leis em palestras futuras.)
O acontecimento no Monte Sinai não foi apenas um relato histórico, mas também simboliza a maneira como a Luz nos envia mensagens.
Apenas Moisés pôde subir até o topo da montanha.
O significado espiritual por trás disso era que apenas ele possuía uma frequência vibracional alta o suficiente para poder receber as mensagens da Luz. Apenas ele possuía o receptáculo adequado para poder receber da Luz.
O restante do povo recebeu a ordem de permanecer na base da montanha e foi estritamente advertido a se manter afastado e fora da montanha!
O significado espiritual por trás dessa ordem era que as tentativas de receber vibrações de frequência mais elevada por aqueles que não estão adaptados para recebê-las, só poderiam causar confusão, dissensão, heresia, loucura e, em casos extremos, também a morte.
Moisés, como todos os líderes espirituais, precisava do isolamento no topo da montanha para absorver as elevadas irradiações da Luz que ele então teria que transmitir, usando palavras que correspondessem ao nível de consciência e aos receptáculos de sua audiência, para que pudessem compreendê-las:
“Quando Moisés desceu do Monte Sinai com as duas tábuas da Lei da Aliança nas mãos, ele não sabia que seu rosto estava radiante porque ele havia falado com o Senhor. Quando Aarão e todos os israelitas viram Moisés, seu rosto estava radiante, e eles tiveram medo de se aproximar dele. Mas Moisés os chamou; então Aarão e todos os líderes da comunidade voltaram para ele, e ele falou com eles. Depois, todos os israelitas se aproximaram dele, e ele apresentou a todos os mandamentos que o Senhor lhe havia dado no Monte Sinai. Quando Moisés terminou de falar com eles, ele colocou um véu sobre seu rosto. Mas sempre que ele entrava na presença do Senhorpara falar com ele, ele removia o véu até o momento de sair. E quando ele saía e dizia aos israelitas o que lhe havia sido ordenado, eles viam que seu rosto estava radiante. Então Moisés colocava o véu de volta sobre seu rosto até que ele entrasse para falar com o Senhor.” (Êxodo 24:29-35)
Em hebraico, a palavra para irradiação e a palavra para chifre têm a mesma origem. Essa é a razão pela qual Moisés foi retratado na arte europeia como tendo chifres, enquanto, na verdade, a Bíblia descrevia a aura que irradiava de seu rosto que testemunhava a proximidade única com Deus, com a qual ele foi abençoado.
A maioria das pessoas não tem o privilégio de experimentar tal proximidade e, portanto, intuitivamente, elas ficam admiradas diante de uma pessoa com tal aura.
Elas também não seriam capazes de entender suas mensagens, a menos que ele velasse seu rosto.
O véu simboliza a capacidade de transmitir as orientações da Luz de forma que as pessoas possam entendê-las.
Todo líder espiritual precisa dessa habilidade para transmitir as mensagens da Luz de acordo com os diferentes níveis de consciência das pessoas no mundo terreno e material.
No entanto, quando Moisés subia outra vez ao topo da montanha, ao domínio da Luz, onde existe júbilo eterno, ele podia remover o véu e receber da abundância da Luz.
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O currículo da Escola Alma para a Humanidade é baseado no modelo estabelecido no Monte Sinai.
Ele transmite a todas as pessoas, onde quer que ela esteja, o Conhecimento Elevado que foi dado à humanidade na época dos Dias do Juízo Final – o tempo durante o qual todos nós devemos alcançar o auge do nosso desenvolvimento como espíritos humanos.
Você está convidado a subir ao topo da montanha conosco!
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