Aqui está uma das perguntas feitas na última sessão de Perguntas e Respostas:
“Olá, Hagit. Tenho acompanhado suas palestras há algum tempo, e elas trazem uma quantidade enorme de conhecimento, completamente diferente de tudo o que encontrei até agora em minha busca. São muitas explicações e respostas que, muitas vezes, tenho dificuldade de compreender e assimilar em um nível profundo.

Você frequentemente menciona e fala sobre os 144.000 Chamados, que foram selados e fizeram a promessa de participar e apoiar a transformação necessária no mundo, durante o Fim dos Tempos. Toda vez que você fala sobre isso, algo muito profundo dentro do meu coração estremece, e eu sou tomado por um choro involuntário. Ao mesmo tempo, não me sinto digno de pertencer a esse grupo. Sou uma pessoa comum, sem instrução, alguém que fracassa em quase tudo e, ainda assim, me pergunto: seria possível que esse Chamado também seja para mim?”

Resposta:

Primeiro, precisamos lembrar que temos três tipos de consciência: a consciência intelectual, a consciência emocional e a consciência espiritual. Então, a questão é: qual dessas consciências está fazendo essa pergunta?

A consciência intelectual certamente responderia: “Você não estudou nada, então como ousa sequer pensar que pertence a esse grupo?”

A consciência emocional diria: “Você fracassou em quase tudo, portanto não é digno!”

Em contraste, a sua consciência espiritual reconheceu a Verdade e escuta o Chamado. É por isso que você se emociona até as lágrimas. Não como uma simples reação emocional, mas como um testemunho da memória profunda da sua alma.

Moisés, nosso mestre, Abraão, nosso pai, Jesus e todos os seus apóstolos não estudaram em nenhuma universidade. Foi justamente porque o intelecto deles não era dominante que puderam se abrir e receber mensagens tão elevadas da Luz. Hoje, temos dificuldade de compreender isso, porque supervalorizamos o intelecto e os títulos acadêmicos, enquanto o Chamado para servir à Luz exige do ser humano qualidades completamente diferentes.

Além disso, nossa consciência emocional tende a rejeitar e silenciar toda intuição que nasce do espírito, porque ela representa uma séria ameaça à sua própria dominância. A consciência emocional –especialmente sob a influência da psicologia moderna e dos ensinamentos da Nova Era– coroou a si mesma como aquela que define a essência da humanidade, e às vezes chega até a se disfarçar, assumindo o título de espírito!

A combinação da consciência intelectual com a consciência emocional dá origem ao ego, que mantém a humanidade presa ao terrenal e material. O ego resiste fortemente ao espírito, já que o espírito busca se libertar dessas correntes e ascender às Alturas Luminosas.

Por isso, não existe nada que o ego tema mais do que a Verdade, expressa nas Leis Eternas e universais da Criação. O ego sabe que, se o espírito despertar e receber o Poder da Verdade, o seu domínio estará ameaçado!

É por essa razão que o ego fará de tudo para impedir que os Chamados descubram a “Palavra da Verdade”. Ele possui mil e uma artimanhas para semear dúvidas e continuar a embalar o espírito no sono profundo.

Uma das artimanhas mais sofisticadas do ego é a falsa humildade, que diz à pessoa que o desejo de pertencer aos 144.000 Chamados é arrogante e fruto do orgulho. Mas, na realidade, embora os Chamados sejam pessoas que possuem uma missão especial em sua vida, eles não podem cumpri-la a partir do orgulho nem do sentimento de superioridade sobre os outros, e sim apenas por meio do serviço altruísta. Em resumo: não é que os Chamados sejam melhores do que os demais, mas sim que carregam responsabilidade maior!

Portanto, a resposta para a questão de saber se alguém é ou não um Chamado está na capacidade de seu espírito despertar para o Chamado, reconhecer a Palavra da Verdade e, então, dedicar sua vida a servir a Deus na Criação.

Convidamos os Chamados a iniciarem sua jornada de preparação no nosso curso fundamental DEIXAI IR O MEU ESPÍRITO! , que de forma simples e clara oferece as ferramentas e orientações necessárias para desenvolver e fortalecer o espírito.